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Canais de conteúdo que ficaram mais interessantes pós-IA

A IA traz a necessidade de reavaliação dos canais de conteúdo - tanto para entender o que não funciona mais quanto o que passou a funcionar
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Canais de conteúdo que ficaram mais interessantes pós-IA

A IA traz a necessidade de reavaliação dos canais de conteúdo - tanto para entender o que não funciona mais quanto o que passou a funcionar
Canais de conteúdo que ficaram mais interessantes pós-IA

Você reavaliou seus canais de conteúdo para a era da IA? 

A era das IAs chegou há alguns anos. Mas só agora, no final de 2025, ela está se integrando com mais força aos processos de marketing. 

Porém, essa transição AI-centric está acontecendo aos poucos aqui no Brasil. Ela começou por dentro dos departamentos, e sua influência nos canais de conteúdo escolhidos pela marca ainda é bem pequena. 

Por isso perguntamos: a maioria das marcas hoje está usando IA, mas uma minoria está reestruturando seus canais de conteúdo. 

Esse trabalho é muito importante de começar porque ele leva tempo. No texto de hoje, vamos discutir três pontos: 

  • Porque é tão necessário reavaliar canais de conteúdo na era da IA; 
  • O que as marcas estão fazendo com a IA hoje; 
  • Cinco passos para reestruturar seu conteúdo levando a IA em consideração. 

Vamos começando? 

Por que reavaliar canais de conteúdo para a IA? 

Existem alguns motivos para reavaliar seus canais de conteúdo na era que estamos, pós-IA. 

O motivo que você provavelmente está imaginando — a perda de efetividade de alguns canais, como o SEO — é apenas um deles. 

➡️ Leia também: SEO técnico para IA — ajustes avançados de SEM e SEO

Os ajustes que os canais de conteúdo precisam receber não vêm apenas de situações complicadas, como a baixa do tráfego orgânico. 

Eles também vêm de oportunidades. Seu marketing pode nunca ter nem cogitado produzir vídeos pela falta de um videomaker, por exemplo. 

Os motivos para a reavaliação dos seus canais de conteúdo incluem: 

  • Novas possibilidades de criação com a IA; 
  • Antigas realidades se tornando menos viáveis (o caso do SEO, por exemplo); 
  • Aceleração da produção de alguns materiais que eram até viáveis, mas muito difíceis de produzir; 

Vamos conversar sobre esses três pontos com mais detalhes agora. Acompanhe: 

Novas possibilidades de criação com a IA

A expansão dos modelos generativos abriu frentes de produção que, até pouco tempo atrás, eram simplesmente inviáveis para equipes pequenas ou limitadas tecnicamente. 

O que antes dependia de um videomaker, um designer, um motion, um ilustrador ou um redator especializado, hoje pode ser prototipado por uma única pessoa com boa curadoria e domínio de prompts. 

➡️ Isso também é conhecido como vibe marketing. Temos um texto bem completo sobre o assunto aqui no link. 

A mudança vem na equação de custo, velocidade e amplitude que uma estratégia de conteúdo pode ter. 

Mais importante: muda a própria definição do que é um canal viável para a marca, porque reduz fricções e cria mais “portas de entrada” para formatos antes inalcançáveis.

Essa reavaliação existe porque a IA destrava possibilidades criativas, amplia repertórios e permite que canais antes ignorados — por custo, complexidade ou dependência técnica — passem a fazer sentido dentro de uma estratégia estruturada.

Abaixo um exemplo prático com algumas ferramentas: 

Exemplo prático com IA

Uma escola particular decide expandir sua atuação para o YouTube, mas nunca produziu vídeos porque não tinha equipe para isso. 

Usando o Runway para gerar cenas, o ElevenLabs para dublagem e o ChatGPT para roteiros, um único redator passa a produzir vídeos curtos semanalmente. 

O canal, que nunca existiu, vira uma fonte nova de captação orgânica para famílias no meio do funil. Sem IA, esse canal sequer seria considerado.

Antigas realidades se tornando menos viáveis

Se por um lado a IA abre caminhos, por outro ela reduz a viabilidade de práticas que dominaram o marketing digital por mais de uma década. 

O caso mais evidente é o SEO tradicional, especialmente o conteúdo orientado exclusivamente para ranqueamento. 

➡️ Leia também: Conheça o Modo IA - o Google sem links 

A ascensão das páginas de resposta por IA, dos painéis de síntese e do zero-click reduziu drasticamente a previsibilidade de tráfego. 

O mesmo vale para blogs genéricos, artigos superficiais, FAQs e outros formatos que existiam majoritariamente para ocupar SERPs — muitos desses canais passam a ter ROI negativo.

Essa mudança obriga times a reavaliar onde vale insistir, onde vale reposicionar e onde faz sentido redirecionar esforços. Em vez de tentar salvar canais inviáveis, a IA força o marketing a trabalhar com mais foco estratégico e menos inércia operacional.

Exemplo prático com IA

Uma edtech pública um blog com 80 artigos, todos escritos para ranquear por palavras-chave long-tail. 

Após a chegada do AI Overviews, 60% do tráfego desaparece. Usando o Perplexity Analytics e ferramentas como o Neptyne combinadas com ChatGPT, a equipe descobre que apenas 12 artigos têm profundidade suficiente para serem usados como fonte pelas IAs. 

O restante é reescrito ou arquivado. O canal “blog” não morre, mas muda de propósito: deixa de ser um depósito de SEO e vira repositório de conteúdo de autoridade.

Aceleração da produção de materiais antes difíceis

Há uma terceira força que costuma passar despercebida: muitos canais não eram inviáveis por falta de talento ou estratégia, mas por falta de tempo. 

Relatórios, e-books, whitepapers, estudos comparativos, materiais técnicos e vídeos explicativos sempre fizeram sentido — mas eram lentos demais para acompanhar o ritmo das demandas de marketing. 

A IA altera essa equação ao permitir que protótipos e versões iniciais sejam gerados rapidamente, reduzindo o tempo de maturação de cada peça.

Com isso, canais que já faziam sentido ganham uma cadência nova, maior e mais alinhada com janelas de oportunidade. Deixa de ser um problema de capacidade e vira um problema de priorização.

Exemplo prático com IA

Uma empresa B2B quer publicar um relatório trimestral de pesquisas de mercado, mas levava seis semanas para produzir cada edição. 

Com o Claude e o ChatGPT organizando tabelas, gráficos e análises preliminares, o ciclo cai para dez dias. 

O canal “relatórios”, que era esporádico e pesado, transforma-se em um dos pilares da geração de demanda — agora possível graças à aceleração produtiva fornecida pelas IAs.

O que as marcas estão fazendo com a IA hoje? 

Bom, para entender melhor tudo isso que estamos conversando, o melhor é analisar alguns cases de uso com as IAs. 

Essa parte do texto vai tanto te inspirar como te oferecer referências diretas do que é possível fazer com IA. 

Mas ao mesmo tempo, é preciso entender que os canais de conteúdo das grandes marcas são completamente diferentes dos canais de marcas menores. Você vai ver aqui alguns cases gigantes, que seriam bem difíceis de reproduzir. 

De qualquer forma, após esse tópico vamos conversar melhor sobre como encontrar canais de conteúdo para aproveitar com IA sendo uma marca pequena ou média. 

Acompanhe os três cases que selecionamos logo abaixo: 

Coca-Cola + IA: a criatividade escalável como novo padrão

A Coca-Cola foi uma das primeiras grandes marcas globais a institucionalizar o uso de IA no processo criativo — não como experimento paralelo, mas como um componente oficial do pipeline de campanhas. 

O case “Create Real Magic”, desenvolvido em parceria com OpenAI e outras tecnologias, permitiu que artistas e consumidores criassem artes usando IA generativa. 

O impacto maior, porém, foi interno: a Coca passou a usar IA para gerar variações de peças, protótipos de OOH, narrativas, layouts e ativos complementares de campanhas globais.

Com isso, a marca testou rapidamente múltiplas possibilidades criativas e reduziu o tempo de maturação de campanhas. A Coca-Cola se tornou referência no uso de IA como acelerador de brand storytelling — e não como substituto da equipe.

Oreo / Mondelez + IA: eficiência operacional e redução de custos de produção

Oreo (Mondelez) é um dos cases mais recentes e mais diretos do uso corporativo de IA para produção de marketing.

A Mondelez anunciou que está utilizando ferramentas de IA generativa para reduzir custos de criação, acelerar o desenvolvimento de anúncios e produzir materiais de forma mais ágil. 

Em vez de depender de ciclos longos de filmagem ou grandes equipes de produção, parte do conteúdo comercial passa a ser prototipado e otimizado com IA.

Esse reposicionamento não é apenas econômico: ele permite que marcas como Oreo testem rapidamente versões, estilos e mensagens, adaptando campanhas a diferentes mercados com velocidade que seria impraticável sem IA. 

Em um momento em que o tempo de reação é um diferencial competitivo, essa abordagem coloca a IA como “motor de eficiência criativa”.

Unilever + IA: integração profunda no ciclo de marketing

A Unilever representa um modelo mais maduro de adoção de IA — não apenas pontual, mas incorporado diretamente ao processo de marketing global. 

A empresa implementou IA em múltiplas fases: criação de assets, testes de performance, personalização de mensagens e padronização visual entre marcas do grupo. 

O objetivo não é apenas acelerar conteúdo, mas operar em “Desire at Scale”, conceito em que a IA permite criar materiais altamente consistentes e adaptáveis para dezenas de países ao mesmo tempo.

A tecnologia apoia desde a concepção de campanhas até a análise de performance, reduzindo o tempo de produção e aumentado a fidelidade entre versões. 

O case mostra um uso corporativo avançado, onde IA não é acessório: é parte da infraestrutura do marketing.

Como encontrar novos canais de conteúdo com IA? 4 Passos simples

A verdade é que encontrar novos canais de conteúdo é uma tarefa muito única e específica para cada marca. 

Alguns elementos precisam estar presentes sempre. Eles são os mais básicos: entendimento do seu público, conhecimento profundo do conteúdo que você já produz e claro: uma visão editorial para o futuro que inclua a IA. 

A visão editorial é o maior elemento de todos aqui. Com ela, todos os passos vão ficar mais simples, já que você tem um objetivo claro, só precisa usar a IA para chegar até ele. 

Vamos conversar sobre os 5 passos fundamentais para fazer a transição do seu marketing para novos canais de conteúdo com a IA, acompanhe: 

  • Identificar os canais impossíveis e improváveis, depois tentar entender se é possível produzir neles com a IA;
  • Identificar canais que estão em baixa, e buscar automatizar o que for possível dentro deles com a IA;
  • Criar estruturas de produção que envolvam IA;
  • Criar automações para respostas com IA nas redes sociais;
  • Medir, reajustar ou expandir a estratégia no canal de conteúdo encontrado. 

Logo abaixo, vamos nos expandir em cada um deles: 

Identificar os canais impossíveis e improváveis — e reavaliá-los com IA

O primeiro passo exige um exercício honesto: listar todos os canais que sua marca sempre descartou. Muitos deles foram abandonados por motivos válidos — alto custo, necessidade de habilidades específicas, barreiras técnicas ou simplesmente falta de gente. 

Porém, no cenário atual, parte dessas barreiras desapareceu. A IA reduziu o custo de entrada em vídeo, animação, áudio, design e até em formatos longos. 

Antes de escolher canais novos, é preciso revisitar os que antes eram impensáveis e testar se continuam impossíveis ou se agora se tornaram viáveis. 

Em muitos casos, o “canal impossível” vira o canal mais promissor simplesmente porque ninguém do seu segmento revisitou seus pressupostos.

Pontos centrais

  • Mapear canais historicamente rejeitados e listar o motivo original do descarte;
  • Verificar quais desses motivos a IA elimina ou reduz (ex.: falta de videomaker, custo de animação, zero habilidade de design);
  • Criar protótipos rápidos com IA para teste: um vídeo curto, uma animação, um roteiro de podcast, um mini-infográfico;
  • Avaliar se o resultado atinge um “mínimo publicável” sem exigir equipe adicional;
  • Reclassificar o canal: ele continua inviável ou agora é um território de oportunidade?

Identificar canais em baixa e automatizar o que for possível

Alguns canais ainda são importantes, mas perderam tração: redes com baixa entrega, blogs com queda de tráfego, newsletters com menor taxa de abertura. 

Esses canais não devem ser abandonados de imediato, mas precisam ser redesenhados. A IA se torna uma aliada essencial para manter presença, reduzir esforço e melhorar a eficiência. 

Em canais de declínio, automação e otimização substituem expansão. O objetivo não é escalar, e sim manter relevância com o mínimo desgaste operacional.

Pontos centrais:

  • Detectar sinais de queda: tráfego orgânico reduzido, impressões menores, conversão estagnada;
  • Usar IA para automatizar partes do canal (resumos, variações de criativos, geração de insights, sequências de testes);
  • Reduzir o custo operacional para que o canal permaneça ativo sem consumir energia estratégica;
  • Usar o canal como laboratório: testar formatos novos com baixo risco;
  • Decidir, após testes, se vale revitalizar, manter em modo mínimo ou aposentar.

Criar estruturas de produção que envolvam IA

A expansão para novos canais não acontece sem uma mudança estrutural. A marca precisa de um pipeline de conteúdo que incorpore IA desde o briefing até a finalização. 

Isso inclui modelos de prompt, guidelines de estilo, checklists de revisão e padrões de prototipagem rápida. 

A IA não substitui a estratégia; ela acelera o ritmo de execução. Estruturas claras garantem consistência, reduzem retrabalho e tornam o marketing mais ágil para explorar canais ainda não testados.

Pontos centrais:

  • Definir workflow de criação com IA: briefing → geração → curadoria → refinamento → publicação;
  • Criar bibliotecas de prompts específicos por canal (vídeo, landing page, imagem, copy curta, copy longa);
  • Estabelecer padrões de qualidade editorial para humanização e revisão;
  • Capacitar a equipe para usar IA como coprodutora, não como atalho automatizado;
  • Criar sprints de prototipagem para testar rapidamente novos canais sem comprometer calendário global.

Criar automações para respostas com IA nas redes sociais

A transição para novos canais exige também um sistema robusto de operação. Um dos gargalos é o volume de interações — comentários, perguntas, dúvidas, menções e respostas rápidas. 

Automação com IA permite que o time mantenha tempo de resposta alto, qualidade de atendimento e consistência de voz da marca. 

Isso libera energia da equipe para o que realmente importa: estratégia e criação.

Pontos centrais:

  • Mapear interações repetitivas e identificar onde a IA pode responder com segurança;
  • Criar base de respostas inteligentes que mantenham tom, estilo e limites da marca;
  • Integrar IA a ferramentas de CRM e inbox unificada;
  • Definir escalonamento: quando a IA responde, quando passa para humano;
  • Usar IA para monitorar menções, sentimento e oportunidades de conteúdo.

Medir, reajustar e expandir a estratégia no canal encontrado

Depois que o novo canal começa a funcionar, o próximo passo é medir. A IA permite analisar métricas de maneira mais profunda: entendimento de temas que funcionam, padrões de engajamento, momentos de maior impacto e formatos com melhor performance. 

Com isso, a marca consegue otimizar a linha editorial e expandir quando houver sinais consistentes de retorno. 

A transição só se completa quando o canal deixa de ser experimental e passa a ser parte do ecossistema.

Pontos centrais:

  • Definir métricas iniciais específicas para cada canal (alcance, densidade temática, retenção, menções, sentiment);
  • Usar IA para analisar ciclos completos de conteúdo e identificar padrões ocultos.;
  • Reajustar formatos, volume e estilo conforme feedback dos dados;
  • Determinar se o canal merece expansão (mais frequência, mais formatos) ou se permanece como canal complementar;
  • Documentar aprendizados para replicar a metodologia em novos canais no futuro.

E aí, tudo pronto para aumentar sua eficiência em conteúdo com a IA? 

Temos um último convite para te fazer aqui no texto. Temos um outro artigo publicado que fala sobre a realidade da IA sob o ponto de vista do leitor, de quem está consumindo seu conteúdo. 

Nesse texto, conversamos sobre como a experiência de busca da IA é realmente melhor para os usuários, e que nós é que precisamos nos adequar a ela. 

Acesse logo abaixo, ok? Vou ficar te esperando. Obrigado pela leitura! 

➡️ A experiência de busca com a IA é melhor - e nós temos que nos adaptar

Escrito por:
Jéssica Costa
Marketing Leader

Você reavaliou seus canais de conteúdo para a era da IA? 

A era das IAs chegou há alguns anos. Mas só agora, no final de 2025, ela está se integrando com mais força aos processos de marketing. 

Porém, essa transição AI-centric está acontecendo aos poucos aqui no Brasil. Ela começou por dentro dos departamentos, e sua influência nos canais de conteúdo escolhidos pela marca ainda é bem pequena. 

Por isso perguntamos: a maioria das marcas hoje está usando IA, mas uma minoria está reestruturando seus canais de conteúdo. 

Esse trabalho é muito importante de começar porque ele leva tempo. No texto de hoje, vamos discutir três pontos: 

  • Porque é tão necessário reavaliar canais de conteúdo na era da IA; 
  • O que as marcas estão fazendo com a IA hoje; 
  • Cinco passos para reestruturar seu conteúdo levando a IA em consideração. 

Vamos começando? 

Por que reavaliar canais de conteúdo para a IA? 

Existem alguns motivos para reavaliar seus canais de conteúdo na era que estamos, pós-IA. 

O motivo que você provavelmente está imaginando — a perda de efetividade de alguns canais, como o SEO — é apenas um deles. 

➡️ Leia também: SEO técnico para IA — ajustes avançados de SEM e SEO

Os ajustes que os canais de conteúdo precisam receber não vêm apenas de situações complicadas, como a baixa do tráfego orgânico. 

Eles também vêm de oportunidades. Seu marketing pode nunca ter nem cogitado produzir vídeos pela falta de um videomaker, por exemplo. 

Os motivos para a reavaliação dos seus canais de conteúdo incluem: 

  • Novas possibilidades de criação com a IA; 
  • Antigas realidades se tornando menos viáveis (o caso do SEO, por exemplo); 
  • Aceleração da produção de alguns materiais que eram até viáveis, mas muito difíceis de produzir; 

Vamos conversar sobre esses três pontos com mais detalhes agora. Acompanhe: 

Novas possibilidades de criação com a IA

A expansão dos modelos generativos abriu frentes de produção que, até pouco tempo atrás, eram simplesmente inviáveis para equipes pequenas ou limitadas tecnicamente. 

O que antes dependia de um videomaker, um designer, um motion, um ilustrador ou um redator especializado, hoje pode ser prototipado por uma única pessoa com boa curadoria e domínio de prompts. 

➡️ Isso também é conhecido como vibe marketing. Temos um texto bem completo sobre o assunto aqui no link. 

A mudança vem na equação de custo, velocidade e amplitude que uma estratégia de conteúdo pode ter. 

Mais importante: muda a própria definição do que é um canal viável para a marca, porque reduz fricções e cria mais “portas de entrada” para formatos antes inalcançáveis.

Essa reavaliação existe porque a IA destrava possibilidades criativas, amplia repertórios e permite que canais antes ignorados — por custo, complexidade ou dependência técnica — passem a fazer sentido dentro de uma estratégia estruturada.

Abaixo um exemplo prático com algumas ferramentas: 

Exemplo prático com IA

Uma escola particular decide expandir sua atuação para o YouTube, mas nunca produziu vídeos porque não tinha equipe para isso. 

Usando o Runway para gerar cenas, o ElevenLabs para dublagem e o ChatGPT para roteiros, um único redator passa a produzir vídeos curtos semanalmente. 

O canal, que nunca existiu, vira uma fonte nova de captação orgânica para famílias no meio do funil. Sem IA, esse canal sequer seria considerado.

Antigas realidades se tornando menos viáveis

Se por um lado a IA abre caminhos, por outro ela reduz a viabilidade de práticas que dominaram o marketing digital por mais de uma década. 

O caso mais evidente é o SEO tradicional, especialmente o conteúdo orientado exclusivamente para ranqueamento. 

➡️ Leia também: Conheça o Modo IA - o Google sem links 

A ascensão das páginas de resposta por IA, dos painéis de síntese e do zero-click reduziu drasticamente a previsibilidade de tráfego. 

O mesmo vale para blogs genéricos, artigos superficiais, FAQs e outros formatos que existiam majoritariamente para ocupar SERPs — muitos desses canais passam a ter ROI negativo.

Essa mudança obriga times a reavaliar onde vale insistir, onde vale reposicionar e onde faz sentido redirecionar esforços. Em vez de tentar salvar canais inviáveis, a IA força o marketing a trabalhar com mais foco estratégico e menos inércia operacional.

Exemplo prático com IA

Uma edtech pública um blog com 80 artigos, todos escritos para ranquear por palavras-chave long-tail. 

Após a chegada do AI Overviews, 60% do tráfego desaparece. Usando o Perplexity Analytics e ferramentas como o Neptyne combinadas com ChatGPT, a equipe descobre que apenas 12 artigos têm profundidade suficiente para serem usados como fonte pelas IAs. 

O restante é reescrito ou arquivado. O canal “blog” não morre, mas muda de propósito: deixa de ser um depósito de SEO e vira repositório de conteúdo de autoridade.

Aceleração da produção de materiais antes difíceis

Há uma terceira força que costuma passar despercebida: muitos canais não eram inviáveis por falta de talento ou estratégia, mas por falta de tempo. 

Relatórios, e-books, whitepapers, estudos comparativos, materiais técnicos e vídeos explicativos sempre fizeram sentido — mas eram lentos demais para acompanhar o ritmo das demandas de marketing. 

A IA altera essa equação ao permitir que protótipos e versões iniciais sejam gerados rapidamente, reduzindo o tempo de maturação de cada peça.

Com isso, canais que já faziam sentido ganham uma cadência nova, maior e mais alinhada com janelas de oportunidade. Deixa de ser um problema de capacidade e vira um problema de priorização.

Exemplo prático com IA

Uma empresa B2B quer publicar um relatório trimestral de pesquisas de mercado, mas levava seis semanas para produzir cada edição. 

Com o Claude e o ChatGPT organizando tabelas, gráficos e análises preliminares, o ciclo cai para dez dias. 

O canal “relatórios”, que era esporádico e pesado, transforma-se em um dos pilares da geração de demanda — agora possível graças à aceleração produtiva fornecida pelas IAs.

O que as marcas estão fazendo com a IA hoje? 

Bom, para entender melhor tudo isso que estamos conversando, o melhor é analisar alguns cases de uso com as IAs. 

Essa parte do texto vai tanto te inspirar como te oferecer referências diretas do que é possível fazer com IA. 

Mas ao mesmo tempo, é preciso entender que os canais de conteúdo das grandes marcas são completamente diferentes dos canais de marcas menores. Você vai ver aqui alguns cases gigantes, que seriam bem difíceis de reproduzir. 

De qualquer forma, após esse tópico vamos conversar melhor sobre como encontrar canais de conteúdo para aproveitar com IA sendo uma marca pequena ou média. 

Acompanhe os três cases que selecionamos logo abaixo: 

Coca-Cola + IA: a criatividade escalável como novo padrão

A Coca-Cola foi uma das primeiras grandes marcas globais a institucionalizar o uso de IA no processo criativo — não como experimento paralelo, mas como um componente oficial do pipeline de campanhas. 

O case “Create Real Magic”, desenvolvido em parceria com OpenAI e outras tecnologias, permitiu que artistas e consumidores criassem artes usando IA generativa. 

O impacto maior, porém, foi interno: a Coca passou a usar IA para gerar variações de peças, protótipos de OOH, narrativas, layouts e ativos complementares de campanhas globais.

Com isso, a marca testou rapidamente múltiplas possibilidades criativas e reduziu o tempo de maturação de campanhas. A Coca-Cola se tornou referência no uso de IA como acelerador de brand storytelling — e não como substituto da equipe.

Oreo / Mondelez + IA: eficiência operacional e redução de custos de produção

Oreo (Mondelez) é um dos cases mais recentes e mais diretos do uso corporativo de IA para produção de marketing.

A Mondelez anunciou que está utilizando ferramentas de IA generativa para reduzir custos de criação, acelerar o desenvolvimento de anúncios e produzir materiais de forma mais ágil. 

Em vez de depender de ciclos longos de filmagem ou grandes equipes de produção, parte do conteúdo comercial passa a ser prototipado e otimizado com IA.

Esse reposicionamento não é apenas econômico: ele permite que marcas como Oreo testem rapidamente versões, estilos e mensagens, adaptando campanhas a diferentes mercados com velocidade que seria impraticável sem IA. 

Em um momento em que o tempo de reação é um diferencial competitivo, essa abordagem coloca a IA como “motor de eficiência criativa”.

Unilever + IA: integração profunda no ciclo de marketing

A Unilever representa um modelo mais maduro de adoção de IA — não apenas pontual, mas incorporado diretamente ao processo de marketing global. 

A empresa implementou IA em múltiplas fases: criação de assets, testes de performance, personalização de mensagens e padronização visual entre marcas do grupo. 

O objetivo não é apenas acelerar conteúdo, mas operar em “Desire at Scale”, conceito em que a IA permite criar materiais altamente consistentes e adaptáveis para dezenas de países ao mesmo tempo.

A tecnologia apoia desde a concepção de campanhas até a análise de performance, reduzindo o tempo de produção e aumentado a fidelidade entre versões. 

O case mostra um uso corporativo avançado, onde IA não é acessório: é parte da infraestrutura do marketing.

Como encontrar novos canais de conteúdo com IA? 4 Passos simples

A verdade é que encontrar novos canais de conteúdo é uma tarefa muito única e específica para cada marca. 

Alguns elementos precisam estar presentes sempre. Eles são os mais básicos: entendimento do seu público, conhecimento profundo do conteúdo que você já produz e claro: uma visão editorial para o futuro que inclua a IA. 

A visão editorial é o maior elemento de todos aqui. Com ela, todos os passos vão ficar mais simples, já que você tem um objetivo claro, só precisa usar a IA para chegar até ele. 

Vamos conversar sobre os 5 passos fundamentais para fazer a transição do seu marketing para novos canais de conteúdo com a IA, acompanhe: 

  • Identificar os canais impossíveis e improváveis, depois tentar entender se é possível produzir neles com a IA;
  • Identificar canais que estão em baixa, e buscar automatizar o que for possível dentro deles com a IA;
  • Criar estruturas de produção que envolvam IA;
  • Criar automações para respostas com IA nas redes sociais;
  • Medir, reajustar ou expandir a estratégia no canal de conteúdo encontrado. 

Logo abaixo, vamos nos expandir em cada um deles: 

Identificar os canais impossíveis e improváveis — e reavaliá-los com IA

O primeiro passo exige um exercício honesto: listar todos os canais que sua marca sempre descartou. Muitos deles foram abandonados por motivos válidos — alto custo, necessidade de habilidades específicas, barreiras técnicas ou simplesmente falta de gente. 

Porém, no cenário atual, parte dessas barreiras desapareceu. A IA reduziu o custo de entrada em vídeo, animação, áudio, design e até em formatos longos. 

Antes de escolher canais novos, é preciso revisitar os que antes eram impensáveis e testar se continuam impossíveis ou se agora se tornaram viáveis. 

Em muitos casos, o “canal impossível” vira o canal mais promissor simplesmente porque ninguém do seu segmento revisitou seus pressupostos.

Pontos centrais

  • Mapear canais historicamente rejeitados e listar o motivo original do descarte;
  • Verificar quais desses motivos a IA elimina ou reduz (ex.: falta de videomaker, custo de animação, zero habilidade de design);
  • Criar protótipos rápidos com IA para teste: um vídeo curto, uma animação, um roteiro de podcast, um mini-infográfico;
  • Avaliar se o resultado atinge um “mínimo publicável” sem exigir equipe adicional;
  • Reclassificar o canal: ele continua inviável ou agora é um território de oportunidade?

Identificar canais em baixa e automatizar o que for possível

Alguns canais ainda são importantes, mas perderam tração: redes com baixa entrega, blogs com queda de tráfego, newsletters com menor taxa de abertura. 

Esses canais não devem ser abandonados de imediato, mas precisam ser redesenhados. A IA se torna uma aliada essencial para manter presença, reduzir esforço e melhorar a eficiência. 

Em canais de declínio, automação e otimização substituem expansão. O objetivo não é escalar, e sim manter relevância com o mínimo desgaste operacional.

Pontos centrais:

  • Detectar sinais de queda: tráfego orgânico reduzido, impressões menores, conversão estagnada;
  • Usar IA para automatizar partes do canal (resumos, variações de criativos, geração de insights, sequências de testes);
  • Reduzir o custo operacional para que o canal permaneça ativo sem consumir energia estratégica;
  • Usar o canal como laboratório: testar formatos novos com baixo risco;
  • Decidir, após testes, se vale revitalizar, manter em modo mínimo ou aposentar.

Criar estruturas de produção que envolvam IA

A expansão para novos canais não acontece sem uma mudança estrutural. A marca precisa de um pipeline de conteúdo que incorpore IA desde o briefing até a finalização. 

Isso inclui modelos de prompt, guidelines de estilo, checklists de revisão e padrões de prototipagem rápida. 

A IA não substitui a estratégia; ela acelera o ritmo de execução. Estruturas claras garantem consistência, reduzem retrabalho e tornam o marketing mais ágil para explorar canais ainda não testados.

Pontos centrais:

  • Definir workflow de criação com IA: briefing → geração → curadoria → refinamento → publicação;
  • Criar bibliotecas de prompts específicos por canal (vídeo, landing page, imagem, copy curta, copy longa);
  • Estabelecer padrões de qualidade editorial para humanização e revisão;
  • Capacitar a equipe para usar IA como coprodutora, não como atalho automatizado;
  • Criar sprints de prototipagem para testar rapidamente novos canais sem comprometer calendário global.

Criar automações para respostas com IA nas redes sociais

A transição para novos canais exige também um sistema robusto de operação. Um dos gargalos é o volume de interações — comentários, perguntas, dúvidas, menções e respostas rápidas. 

Automação com IA permite que o time mantenha tempo de resposta alto, qualidade de atendimento e consistência de voz da marca. 

Isso libera energia da equipe para o que realmente importa: estratégia e criação.

Pontos centrais:

  • Mapear interações repetitivas e identificar onde a IA pode responder com segurança;
  • Criar base de respostas inteligentes que mantenham tom, estilo e limites da marca;
  • Integrar IA a ferramentas de CRM e inbox unificada;
  • Definir escalonamento: quando a IA responde, quando passa para humano;
  • Usar IA para monitorar menções, sentimento e oportunidades de conteúdo.

Medir, reajustar e expandir a estratégia no canal encontrado

Depois que o novo canal começa a funcionar, o próximo passo é medir. A IA permite analisar métricas de maneira mais profunda: entendimento de temas que funcionam, padrões de engajamento, momentos de maior impacto e formatos com melhor performance. 

Com isso, a marca consegue otimizar a linha editorial e expandir quando houver sinais consistentes de retorno. 

A transição só se completa quando o canal deixa de ser experimental e passa a ser parte do ecossistema.

Pontos centrais:

  • Definir métricas iniciais específicas para cada canal (alcance, densidade temática, retenção, menções, sentiment);
  • Usar IA para analisar ciclos completos de conteúdo e identificar padrões ocultos.;
  • Reajustar formatos, volume e estilo conforme feedback dos dados;
  • Determinar se o canal merece expansão (mais frequência, mais formatos) ou se permanece como canal complementar;
  • Documentar aprendizados para replicar a metodologia em novos canais no futuro.

E aí, tudo pronto para aumentar sua eficiência em conteúdo com a IA? 

Temos um último convite para te fazer aqui no texto. Temos um outro artigo publicado que fala sobre a realidade da IA sob o ponto de vista do leitor, de quem está consumindo seu conteúdo. 

Nesse texto, conversamos sobre como a experiência de busca da IA é realmente melhor para os usuários, e que nós é que precisamos nos adequar a ela. 

Acesse logo abaixo, ok? Vou ficar te esperando. Obrigado pela leitura! 

➡️ A experiência de busca com a IA é melhor - e nós temos que nos adaptar

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