
Na economia da atenção que vivemos hoje, ter as melhores ideias de conteúdo vale dinheiro. Literalmente.
Um restaurante, um supermercado, um sacolão: com um bom meme, as vendas podem aumentar (e aumentam) de um dia para o outro.
E em outros setores mais complexos, como o marketing B2B, um blog informativo, uma newsletter interessante, uma opinião do CEO têm influências fortes em contratos que demoram mais para fechar, mas que também duram muito mais.
A economia do marketing digital gira em torno do conteúdo, ainda mais na era da IA.
No texto de hoje, vamos expandir o conceito de ideias de conteúdo, entender de onde elas vêm, e também oferecer dicas práticas de onde encontrá-las.
Vamos começando:
Ideias de conteúdo originais valem mais na era da IA

A Inteligência Artificial facilita muito a produção de conteúdo. Mas depende do nível da sua atuação.
O foco da IA é facilitar a produção sem assumir a produção. E nesse estágio que estamos, isso não vem acontecendo.
É bastante comum encontrar posts feitos inteiramente por IA no Instagram, vindo de empresas que têm conteúdo para produzir, mas não produzem.
Também é bastante comum encontrar informações genéricas em blog posts produzidos por IA que poderiam ser substituídos por 5 minutos de call com alguém da área específica que o post aborda.
A abundância de posts com IA na internet não é necessariamente ruim. Mas quando as marcas deixam de procurar conteúdo internamente e passam a depender dela, elas estão perdendo oportunidades.
Esse é o grande ponto da IA, um que vem sendo ignorado porque é muito mais fácil pedir um post para o ChatGPT do que correr atrás de ideias de conteúdo.
Mas o propósito aqui não é dizer que o post com IA é ruim, mas sim que um post bem planejado, pesquisado, com conteúdo verdadeiro por trás (mesmo que seja vindo de trends) é sempre muito melhor, e gera bem mais resultados.
Mas de onde vêm essas ideias, exatamente? Existem algumas formas diferentes de encontrá-las. Vamos começar com o que é mais simples:
Encontrando trends para redes sociais

Você com toda certeza já viu vídeos de trends que dão muito engajamento no Instagram, especialmente para o público B2C.
Usar essas trends é ótimo, mas muitas empresas acabam dependendo de profissionais de social media para realizá-los, já que não sabem de onde vêm as ideias e nem conhecem as trends.
Esse é o trabalho do social media, no fim das contas. Mas ao mesmo tempo, é importante ter processos padronizados até para facilitar a transição caso um profissional específico saia da empresa.
A questão é que encontrar as trends para as redes sociais exige usuários das redes sociais.
Quem vai ficar a cargo de encontrar essas ideias precisa ter algumas qualidades distintas: usar frequentemente, ter media literacy tanto sobre redes sociais quanto sobre o conteúdo da marca, e conseguir relacionar a trend com o negócio.
Juntando essas qualidades com o processo de pesquisa que vamos determinar aqui juntos, fica bem simples encontrar ideias de conteúdo com base nas trends.
Nesse tópico, vamos conversar sobre onde encontrar as ideias de conteúdo, passando por:
- X;
- TikTok;
- Instagram;
- Facebook;
- LinkedIn;
Cada rede social traz trends distintas, mas que às vezes se comunicam entre si. Vamos agora padronizar o método de pesquisa de tendências em cada uma delas:
Onde encontrar trends no X
O X (antigo Twitter) é uma plataforma de tempo real: as trends vêm e vão, algumas com longevidade, outras não.
É do Twitter que vêm a maioria das trends usadas no Instagram por marcas, por exemplo, junto com o TikTok.
É como se o Twitter fosse o berço das trends, e o Instagram é o canal ideal para a sua massificação.
Tanto que é até bem simples entender a receita de uma trend que compensa usar: se ela está bombando no Twitter e começar a passar para o Instagram, vale a pena usá-la.
Encontrar as trends exige um uso constante do Twitter. Nesse sentido, não é nem “procurar”, mas sim criar uma estrutura de pesquisa e estímulo de uso que vai resultar em tendências sendo descobertas, quase que por acidente.
Veja algumas dicas:
- Observe o Trending Topics da sua região e também de regiões estratégicas (como EUA ou UK, se fizer sentido para sua marca);
- Use ferramentas como Trends24 para acompanhar o histórico de hashtags;
- Analise os reposts virais de criadores com públicos parecidos com o seu;
- Mantenha alertas para palavras-chave ligadas ao seu setor, pois muitas trends começam com comentários sobre notícias.
Em resumo, o X é o radar mais rápido do mercado — perfeito para captar sinais iniciais antes que virem febre.
Encontrar esses sinais exige uso constante, e se possível, de toda a equipe de marketing.
Onde encontrar trends no TikTok
Nenhuma plataforma dita tendências de comportamento tão rápido quanto o TikTok.
O algoritmo privilegia o formato e a repetição de ideias, o que torna a observação estratégica essencial.
Encontrar as tendências aqui é bastante similar a encontrá-las no Twitter. Acima de tudo, é preciso ter heavy users na equipe que realmente usam a rede, e não a abrem só para encontrar trends.
Veja algumas dicas:
- Acompanhe o Discover e o Creative Center, especialmente a aba de Top Ads e Hashtags;
- Observe o que influenciadores médios estão fazendo — são eles que frequentemente lançam microtrends. Procure influenciadores especificamente no seu nicho;
- Use sons que estão em crescimento (não apenas os mais populares), pois o engajamento é maior nos estágios iniciais;
- Salve ideias e sons diretamente em coleções internas para facilitar a documentação do processo.
É extremamente importante entender os sons do TikTok. Eles são sinais de audiência e se tornam verdadeiros clusters de conteúdo.
Usando a rede todo dia, vá fazendo um mapa mental dos sons e veja quais grupos cada um é melhor representado. Você vai ver que há uma grande correlação entre seu público-alvo, o conteúdo que ele consome, e o áudio desse conteúdo.
A partir daí, fica mais simples filtrar o algoritmo.
➡️ Leia também: Como anunciar no TikTok e transformar tendências em conversões reais
Onde encontrar trends no Instagram
O Instagram replica tendências do TikTok e do Twitter, mas com delay e foco visual mais refinado.
A dinâmica é menos espontânea e mais estética, o que exige atenção a formatos e contextos.
Se você faz o trabalho de pesquisa no Twitter e no TikTok, o Reels do Instagram é a prova final — o que chegou aqui é trend e tem ótimas chances de viralizar, se já não estiver viralizando.
Veja algumas dicas:
- Explore a aba de Reels e observe padrões de edição e áudio;
- Analise conteúdos sugeridos entre postagens do feed — o algoritmo empurra novos formatos;
- Pesquise hashtags temáticas e compare o desempenho entre formatos (foto, carrossel, vídeo curto);
- Acompanhe perfis setoriais e creators de nicho: eles costumam adaptar trends ao seu mercado antes das grandes marcas.
Aqui, o segredo é adaptar — não copiar. O Instagram recompensa versões mais elaboradas das tendências originais.
➡️ Leia também: 20 ideias de posts que vendem para redes sociais
Onde encontrar trends no Facebook
Apesar de parecer datado, o Facebook ainda tem papel importante em segmentos B2C, especialmente em comunidades.
- Observe grupos e páginas temáticas, pois nelas surgem memes e conteúdos que depois migram para outras redes;
- Monitore reações e comentários — o tipo de humor e engajamento é diferente e pode inspirar campanhas;
- Use Facebook Watch para descobrir vídeos em alta, principalmente os que têm grande volume de compartilhamentos.
O Facebook é valioso para testar a longevidade de uma trend — se ela prospera aqui, tem potencial de se tornar cultura popular.
Onde encontrar trends no LinkedIn
O LinkedIn é o ambiente mais lento, mas o mais seguro para solidificar formatos. As tendências aqui são comportamentais e discursivas, não estéticas.
Ou seja: a análise é diferente das redes sociais que vimos até agora. No LinkedIn, o que conta mesmo é o quanto você está familiar com as narrativas do segmento no momento.
O LinkedIn é ótimo para o marketing de conteúdo B2B, e inclusive vem recebendo bastante atenção na era pós-IA pela queda do tráfego orgânico vindo do Google.
- Acompanhe os tópicos em alta e os postes que geram debate (comentários são o melhor termômetro);
- Observe padrões de narrativa profissional — posts confessionais, carrosséis didáticos, storytelling corporativo;
- Analise o tom e formato das publicações que alcançam alto engajamento em seu setor;
- Monitore hashtags como #Trabalho, #MarketingDigital, #Gestão e outras ligadas ao seu nicho.
No LinkedIn, a “trend” é um discurso. Identificar o que mobiliza engajamento é entender o que as pessoas querem ouvir — e como querem ouvir.
Ele também é ótimo para a liderança de pensamento no seu segmento, um conceito que todo marketer B2B deve dominar.

Para encontrar ideias de conteúdo nas redes sociais, é necessário ser um usuário das redes sociais. E um usuário autêntico, não um turista caça-trend.
Isso é uma questão de respeitar seu público-alvo. Pense: ele não está pedindo pra você fazer posts no Instagram. Se você vai fazer, é você quem está entrando no feed dele.
Por conta disso, o mínimo que uma marca deve fazer é conhecer melhor a dinâmica dessas redes, para não parecer alguém que caiu de paraquedas.
Mas agora precisamos conversar sobre um outro tipo de ideias de conteúdo: as para produzir conteúdo de longo formato. Vamos juntos.
Onde encontrar ideias de conteúdo para posts de longo formato?
Os posts de longo formato, como blogs e vídeos, são muito importantes dentro de um contexto B2B.
Encontrar ideias para eles é um processo mais definido, mas também depende.
Se estamos falando de SEO, a pesquisa de palavras-chave pelo Google Keyword Planner é simplesmente fundamental.
Quando falamos de vídeos, o conteúdo que você já produz e a opinião de especialistas vale muito. Para o YouTube, Reels, Shorts e até no LinkedIn, os principais ativos são o conhecimento dos sêniores da sua marca.
Aqui nesse tópico vamos pensar em como ter essas ideias para conteúdo maior, pensando em:
- Blog posts;
- Vídeos em geral;
- Newsletters;
- Conteúdo para grandes posts no LinkedIn.
Aqui o assunto não é trend — é conteúdo mesmo! Vamos lá:
Onde encontrar ideias de conteúdo para blogs
Os blogs continuam sendo o eixo central das estratégias B2B. Mesmo com IA e novos formatos, o texto profundo ainda é o que mais sustenta autoridade.
Mas boas ideias não surgem do nada — elas vêm de observação metódica.
As ideias para blogs vêm de alguns recursos que você pode usar, mas o principal mesmo é bastante abstrato: a intencionalidade da busca.
A intencionalidade determina o motivo da pessoa estar buscando aquilo. Por exemplo: você é um atacadista e escreve um texto para seus clientes: “vale a pena contratar carro de som?”.
O problema é que essa KW, “carro de som”, é transacional. As pessoas pesquisam para ver preços locais de carro de som. Ninguém quer ajuda para entender se vale a pena contratar um carro de som.
Pensando nisso, veja as dicas logo abaixo:
- Comece com palavras-chave, mas vá além do volume: analise a intenção de busca. O Keyword Planner e o Ahrefs te mostram o que é procurado, mas só a análise manual revela o “por quê” dessa busca;
- Use o Google Search Console para descobrir temas em que você já aparece e ainda não explora com profundidade;
- Explore o People Also Ask (As pessoas também perguntam) — é uma mina de pautas;
- Observe os comentários e dúvidas frequentes de clientes e leads: isso é pauta orgânica pura;
- Mapeie lacunas de conteúdo dos concorrentes — se ninguém respondeu bem uma dúvida, a resposta é sua.
Conteúdos longos funcionam porque tratam de perguntas que importam. O segredo é ouvir o que as pessoas estão perguntando — e responder melhor que qualquer outro.
Onde encontrar ideias de conteúdo para vídeos
Vídeo é o formato mais poderoso para autoridade — principalmente quando a voz é da própria marca.
Aqui, a fonte principal de ideias é o conhecimento interno, e não a busca de palavras-chave.
Veja algumas dicas nessa linha:
- Transforme reuniões, insights e cases da empresa em roteiros curtos;
- Grave conversas com especialistas ou diretores — isso vira série facilmente;
- Converta artigos antigos em versões em vídeo (resumos, tutoriais, narrativas de bastidor);
- Inspire-se em comentários e dúvidas recorrentes nas redes — o público praticamente escreve os roteiros;
- Use ferramentas como TubeBuddy ou VidIQ para cruzar temas em alta com palavras-chave de autoridade.
A ideia é simples: a melhor pauta em vídeo vem daquilo que já se domina profundamente. A forma pode ser nova, mas o conteúdo precisa vir de dentro.
Onde encontrar ideias de conteúdo para newsletters
A newsletter é um formato de síntese, mas também de análise.
O que mais importa aqui é curadoria: não é criar assunto, é interpretar o que o público precisa entender.
- Reúna as melhores notícias da semana no seu setor e adicione opinião própria — esse é o diferencial;
- Divida sua newsletter em seções fixas (tendências, estudos, opinião, conteúdo da casa) para manter ritmo e previsibilidade;
- Analise newsletters de referência internacional no mesmo nicho para perceber padrões de abordagem;
- Use feedback dos leitores — respostas por e-mail são o maior termômetro de relevância;
- Trate cada edição como um episódio de série, não como um disparo isolado.
Uma boa newsletter é o “resumo editorial da empresa” — o canal que mostra que há gente inteligente pensando por trás da marca.
Onde encontrar ideias de conteúdo para grandes posts no LinkedIn
O LinkedIn é o palco do conteúdo profissional. Os posts longos funcionam quando carregam história, análise ou tese.
Aqui, o caminho das ideias é mais narrativo do que técnico.
- Releia conversas internas, reuniões e debates com clientes — o conflito gera pauta;
- Observe o comportamento das pessoas da sua rede: o que mais gera comentários?;
- Estude posts virais no seu setor, mas analise o porquê da repercussão (história pessoal, opinião forte, formato de lista, ensinamento prático);
- Acompanhe as tendências de narrativa: storytelling corporativo, vulnerabilidade controlada, ensino prático;
- Transforme aprendizados reais em conteúdo público — isso tem mais valor do que qualquer trend.
O LinkedIn recompensa autenticidade com consistência. E posts longos funcionam quando têm algo real a dizer.

Você pode analisar o resultado dessas ações na prática conhecendo os principais canais de conteúdo da Adtail.
Tudo o que mencionamos aqui são práticas editoriais nossas, que aplicamos todos os dias na nossa produção.
Siga os links para conhecer melhor nossa produção:
➡️ Adtail no YouTube;
➡️ Adtail no LinkedIn;
➡️ Materiais ricos Adtail.
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