
O algoritmo do LinkedIn é um mistério? Depende: alguns dos seus aspectos são sim misteriosos, mas outros são claros como a luz do dia.
Aliás, o LinkedIn é uma das redes sociais menos “misteriosas” por conta do seu escopo muito bem delimitado.
O Instagram e o Facebook não têm um escopo assim. As pessoas entram neles para saber mais sobre o dia, sobre as notícias, sobre seus amigos etc.
Mas o LinkedIn é diferente: seu escopo profissional permite que o algoritmo seja bem mais específico. O trabalho do algoritmo é levar mais conteúdo profissional para pessoas interessadas nele.
E para os profissionais de marketing, especialmente no B2B, esse é o maior valor da plataforma. Segundo uma pesquisa da Hootsuite, a cada 5 pessoas no LinkedIn, 4 têm poder de decisão dentro de empresas.
Mas para usar bem o LinkedIn, é necessário conhecer profundamente seu algoritmo. E é isso o que vamos fazer no texto de hoje.
Começando com o básico:
Overview geral do LinkedIn e suas vantagens para o B2B

O LinkedIn é a rede profissional mais popular do mundo. Presente em mais de 200 países, com 36 idiomas disponíveis e já há 23 anos online, é muito difícil encontrar alguém que não sabe o que a rede social é.
Mas ao mesmo tempo, é muito fácil encontrar pessoas e empresas que não usam todo o potencial da ferramenta. Ou que nem nunca usaram o LinkedIn, nem mesmo criaram um perfil.
O LinkedIn precisa ser visto por empresas e empreendedores que atuam no B2B como uma plataforma premium, mas acessível.
Para essa finalidade, não há nenhuma rede social tão boa quanto o LinkedIn, que viabiliza grandes estratégias como o ABM, anúncios ultra-segmentados, conteúdo orgânico de longo formato e até marketing de influência corporativo.
E a maior parte do sucesso que as marcas obtém vêm justamente por causa do algoritmo do LinkedIn.
Vamos analisar rapidamente aqui as principais vantagens que o LinkedIn oferece para empresas, e logo depois, vamos começar a falar sobre o algoritmo.
Acompanhe:
Alcance global qualificado
O LinkedIn conta com mais de 1,2 bilhão de usuários, mas o que realmente importa para empresas B2B é a qualidade desse público.
A rede é composta majoritariamente por profissionais em cargos de decisão, empreendedores e especialistas de diferentes áreas, o que facilita encontrar contatos com poder real de compra e influência.
Além disso, a segmentação por setor, cargo e região torna o alcance muito mais eficiente do que em plataformas generalistas.
Ambiente premium para B2B
Grande parte do sucesso no LinkedIn vem da forma como o algoritmo prioriza relevância e qualidade em vez de pura viralidade.
Entender o ambiente premium é pensar no que exatamente as pessoas entram no LinkedIn para fazer, e, ao mesmo tempo, o que a rede social propicia para as marcas que estão buscando impactar essas pessoas.
Quem entra no LinkedIn têm expectativas a cada post. O conteúdo que vai chamar sua atenção no LinkedIn é bem diferente do que a interessa no Instagram.
No LinkedIn, a cultura é de excelência. O melhor post, o melhor material, a melhor curadoria são recompensados diretamente pelo algoritmo e pelos usuários.
Ou seja: há uma preocupação a mais dos usuários por bom conteúdo e boas soluções, e uma preocupação extra do próprio algoritmo, que favorece as marcas que buscam essa entrega.
Altamente direcionado
Mencionamos o ABM no começo do texto, não é? Ele é um ótimo exemplo para falar sobre o que o LinkedIn consegue entregar.
O ABM funciona muito melhor para o LinkedIn por conta da segmentação por cargos e empresas em anúncios. Nenhuma outra plataforma de anúncios oferece essa possibilidade, porque nenhuma outra rede social têm como foco o emprego dos seus usuários.
Mas mesmo fora de anúncios. O próprio algoritmo do LinkedIn é ótimo para fazer a segmentação organicamente, justamente por funcionar também com base nos cargos.
Por exemplo: um CEO de uma empresa de tecnologia vai adicionar pessoas da mesma área.
Essas pessoas também estão conectadas com outras do segmento. Quando o CEO compartilha um post e ele recebe likes, ele aumenta suas chances de ser lido por pessoas do segmento de tecnologia.

Mas estamos falando muito sobre algumas estatísticas do LinkedIn e não nos aprofundando nelas.
Antes de passarmos para a parte específica do texto sobre o funcionamento do algoritmo do LinkedIn, vamos tirar um tempinho para ver algumas estatísticas muito interessantes?
Acompanhe:
Estatísticas globais e nacionais do LinkedIn

É importante entender que o LinkedIn se posiciona como B2B-first. Ou seja: toda a plataforma foi criada e é mantida já há mais de 20 anos com o B2B em mente.
E o B2B é marcado pela intensa produção de conteúdo por parte das marcas, que usam o LinkedIn como uma extensão da sua estratégia de Inbound Marketing, e muitas vezes, de Outbound Marketing com prospecção direta no chat.
É importante conversar sobre isso porque as estatísticas que vamos analisar agora precisam desse contexto.
Não são todas as marcas que conseguem ótimos resultados. Aliás, marcas que trabalham com o LinkedIn diariamente vão reconhecer que conseguir visibilidade por lá demanda uma estratégia específica para a rede, e um esforço bastante considerável.
Temos um texto que explora essa realidade da produção de conteúdo B2B. Ele é complementar a esse. Acesse logo abaixo.
➡️ Marketing de conteúdo B2B: como atrair e engajar empresas
E agora, com isso em mente, vamos seguir para as estatísticas do LinkedIn:
Estatísticas globais sobre o LinkedIn
Fontes analisadas: Sprout Social, Hootsuite, Sopro e The Linked Blog.
- O LinkedIn tem cerca de 1,2 bilhão de usuários globalmente;
- Em fevereiro de 2025, o site recebeu 1,77 bilhão de visitas mensais;
- Usuários na faixa de 25 a 34 anos são o grupo mais representativo na plataforma;
- Homens representam cerca de 56,9% dos usuários, mulheres cerca de 43,1%;
- Mais de 1,6 milhão de atualizações de feed são vistas por minuto no LinkedIn;
- Páginas corporativas no LinkedIn ultrapassam 2 bilhões de interações por mês;
- Cerca de 89% dos marketers B2B usam o LinkedIn para geração de leads;
- Aproximadamente 80% dos marketers B2B dizem que é a rede mais bem-sucedida para B2B;
- 85% dos B2B marketers afirmam que o LinkedIn entrega o melhor custo-benefício;
- O LinkedIn é 277% mais eficaz na geração de leads B2B do que Facebook ou X;
- 68% dos marketers B2B aumentaram o uso do LinkedIn no último ano;
- Aproximadamente 80% dos usuários do LinkedIn têm influência em decisões de compra;
- A participação do LinkedIn nos orçamentos de anúncios B2B subiu de 31% para 39% em 2024;
Estatísticas nacionais sobre o LinkedIn
A maioria das estatístaicas brasileiras do LinkedIn vem do próprio Linkedin, especificamente do estudo State of B2B Marketing, na região LATAM.
Acesse o estudo completo aqui.
- No Brasil, muitas empresas já estão presentes no LinkedIn, sendo que há dados que indicam que cerca de 17% das organizações no LinkedIn se posicionam como B2B exclusivamente, e mais 23% como B2B + B2C;
- O relatório Global B2B Marketing Benchmark – LATAM / Brasil mostra que o LinkedIn criou um índice próprio (“B2B Index”) para mensurar desempenho de marca no B2B, considerando investimento em marca, qualidade criativa & efetividade e visibilidade / advocacy;
- No Brasil, o “estado das vendas B2B” indica que 74% dos compradores afirmaram que o trabalho remoto facilitou sua tomada de decisão de compra.
Desvendando o algoritmo do LinkedIn — as informações que temos

Só um ponto importante antes de avançarmos na conversa: não é possível “desvendar” completamente o algoritmo do LinkedIn de forma técnica.
Ou seja: não há documentação oficial e específica do próprio LinkedIn sobre o funcionamento do seu algoritmo.
O que temos, porém, é a avaliação anedótica de especialistas que acompanharam o desenvolvimento e a aplicação desse algoritmo nos últimos 20 anos.
E mesmo depois de todo esse tempo, o algoritmo do LinkedIn segue sendo um dos mais interessantes e aprofundados do marketing, mesmo dentro dos seus preceitos simples, bem mais simples do que o Instagram, por exemplo.
Os principais pilares observáveis do algoritmo do LinkedIn são os seguintes:
- Sinais sociais — likes, comentários, compartilhamentos etc. Vamos analisar o peso e o comportamento de postagens que demonstram sinais sociais para o algoritmo do LinkedIn, e que por isso são privilegiados e têm mais alcance;
- Sinais de perfil — vamos entender qual é a relação da construção de um bom perfil pessoal para o algoritmo do LinkedIn, pensando em perfis que operam como embaixadores da sua marca no marketing B2B;
- Sinais de página — vamos nos aprofundar no que o algoritmo do LinkedIn prioriza em páginas de marcas;
Essas categorias possuem muitos pontos que vão nos ajudar a ir bem a fundo no funcionamento do algoritmo do LinkedIn.
Vamos analisá-los agora, e juntos:
Sinais sociais e a lógica do engajamento qualificado
O algoritmo do LinkedIn mede sinais sociais como curtidas, comentários e compartilhamentos, mas o peso não é uniforme.
Curtidas rápidas ou automáticas têm impacto limitado, enquanto comentários mais elaborados e compartilhamentos acompanhados de opinião são considerados engajamentos de alta qualidade.
Além disso, o tempo de visualização (dwell time) é um fator determinante: quando um usuário passa mais tempo lendo ou interagindo com o post, o sistema interpreta como prova de relevância.
Outro aspecto importante é o teste inicial.
O LinkedIn primeiro mostra a publicação para uma pequena parte da rede do autor, avaliando se há interações significativas.
Caso a performance seja positiva, o algoritmo expande gradualmente a distribuição, alcançando conexões de segundo e até terceiro grau.
Esse processo explica por que posts aparentemente “simples” podem viralizar e outros, mesmo de autores grandes, podem ficar limitados.
- Comentários longos têm peso maior que curtidas rápidas;
- Compartilhamentos com opinião impulsionam a distribuição;
- O dwell time indica se o público realmente valorizou o conteúdo;
- Posts passam por um teste inicial antes da ampliação;
- Interações de qualidade mantêm o post ativo por mais tempo no feed;
Sinais de perfil e a construção de autoridade
O LinkedIn dá bastante atenção ao perfil do autor de cada publicação.
Perfis completos — com foto, headline clara, descrição detalhada e experiências consistentes — são interpretados como mais confiáveis.
Perfis inativos ou incompletos, por outro lado, tendem a ter menor alcance.
Outro ponto crítico é a construção de autoridade temática. Quando um usuário publica frequentemente sobre um mesmo assunto, o algoritmo o reconhece como especialista naquela área.
Isso aumenta as chances de suas postagens serem exibidas para pessoas que já se interessam por aquele tema, fortalecendo ainda mais o ciclo de relevância.
No contexto B2B, isso significa que profissionais podem atuar como verdadeiros embaixadores da marca.
- Perfis completos são favorecidos na distribuição;
- Histórico consistente sinaliza credibilidade;
- Postagens recorrentes em um nicho constroem autoridade;
- Engajamento prévio com o autor aumenta alcance futuro;
- Perfis ativos servem como embaixadores de marca no B2B;
Sinais de página e a consistência das marcas
As páginas corporativas possuem critérios próprios de avaliação.
O algoritmo analisa a frequência de postagens, a coerência dos temas abordados e a diversidade de formatos.
Páginas que publicam regularmente e combinam artigos longos, vídeos, carrosséis e cases de clientes tendem a ser vistas como fontes de valor.
Outro ponto é o engajamento interno: quando colaboradores interagem com os posts da página, isso aumenta significativamente a relevância percebida.
Além disso, páginas que geram conversas — estimulando comentários e debates — são priorizadas em relação a conteúdos puramente institucionais.
Em mercados B2B, esse diferencial é decisivo para manter presença constante e relevante.
- Frequência consistente é valorizada pelo algoritmo;
- Mistura de formatos de conteúdo amplia visibilidade;
- Engajamento de colaboradores fortalece o alcance da página;
- Interações que geram discussão são mais bem avaliadas;
- Conteúdos institucionais ganham força quando equilibrados com valor prático;

Trabalhar com o LinkedIn é um universo a parte.
Assim como todas as redes sociais, é necessário ter não uma vocação para a área, mas a vontade de fazer benchmarkings, estudá-los e se aprofundar no que faz o seu público-alvo se interessar por conteúdo por lá.
E não deixe de conhecer nossos cases. Conversamos bastante sobre anúncios por lá. Fica bem claro a diferença entre trabalhar primariamente com Google e Meta Ads e o trabalho com o LinkedIn.
Posts recentes
Nosso blog tem conteúdos semanais feitos por especialistas

ChatGPT Commerce? Conheça o Instant Checkout

Relatório de transparência e igualdade salarial 2025

Chatbots com IA: opções para o site, redes sociais e WhatsApp
Torne seu marketing digital mais estratégico
Agende uma conversa e receba o contato da nossa equipe. Temos um time de especialistas em desenvolver soluções e entregar resultados.