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As novidades sobre voice commerce em 2025

É possível fazer voice commerce hoje? Quais são as ferramentas? Há suporte dos marketplaces no Brasil? Vamos descobrir juntos.
As novidades sobre voice commerce em 2025
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As novidades sobre voice commerce em 2025

É possível fazer voice commerce hoje? Quais são as ferramentas? Há suporte dos marketplaces no Brasil? Vamos descobrir juntos.
As novidades sobre voice commerce em 2025

Até alguns anos atrás, falar sobre Voice Commerce era quase inútil no Brasil: os consumidores não pareciam muito interessados na tecnologia, não havia muito suporte em sites e dispositivos, e era até difícil saber por onde começar. 

E enquanto isso, as estatísticas foram aumentando no mundo. Os E.U.A., logo depois da pandemia, chegou a movimentar alguns bilhões no e-commerce com compras feitas por voz. 

Mas os avanços no Voice Commerce estão acontecendo por motivos quase tangenciais. Conforme as IAs vão se transformando em agentes, e conforme as pessoas vão dependendo cada vez mais delas o Voice Commerce ganha outra dimensão. 

E essa outra dimensão pode “puxar” o e-commerce inteiro. Será que, de tanto comprar por voz nas IAs, os consumidores já vão esperar o Voice Commerce instalado por padrão nos sites? 

E para quem quer começar na frente, o que é possível configurar hoje? 

É isso o que vamos ver no texto de hoje. Tudo pronto para começar? 

Resumo: 
  • Na primeira parte do texto, vamos conversar sobre estatísticas sobre o Voice Commerce, buscando entender se as pessoas realmente usam o recurso para comprar; 

Estatísticas sobre o Voice Commerce nos últimos anos — as pessoas usam?

Para entender o uso do Voice Commerce no Brasil, primeiro precisamos entender outra estatística: o uso de assistentes de voz no geral. 

Quem usa o WhatsApp sabe: brasileiros adoram se comunicar por áudio. Aliás, uma pesquisa recente da Opinion Box (Jul/25) mostrou que 80% dos usuários da plataforma no Brasil preferem enviar áudios. 

Mas nem precisamos extrapolar esse dado para entender a preferência dos brasileiros. Em um estudo da Ilumeo, conduzido em 2025, foi constatado que: 

  • Entre 2020 e 2025, o número de brasileiros usando assistentes de voz saltou de 18% para 39%. Ou seja: mais que o dobro;
  • O número de brasileiros que usa assistentes de voz todos os dias chegou a 40% em 2025 — quase metade dos entrevistados;
  • 70% dos entrevistados diz usar assistentes de voz com mais frequência do que antes; 
Fonte: Ilumeo

Esses números ajudam a entender o terreno onde o Voice Commerce começa a crescer. Afinal, é dentro dos mesmos ecossistemas de voz — Alexa, Google Assistant, Siri — que as compras por voz acontecem.

Temos um dado global sobre a popularidade do voice commerce, e como ela vem crescendo. Esse vem de uma pesquisa da voicebot.ai, divulgada pelo Kinsta. Acompanhe: 

Segundo as fontes, 31% dos usuários chegaram a adicionar um produto no carrinho usando apenas a voz, e 44% chegaram a fazer pelo menos uma compra no ano analisado — 22% fizeram uma compra recorrente, e 22% fizeram uma compra de um produto novo. 

Então entendemos: o contexto do Voice Commerce está bastante atrelado aos assistentes de voz. Mas que assistentes são esses? 

Vamos conversar melhor sobre esse ponto logo abaixo. Acompanhe: 

Quais são as formas de usar o Voice Commerce hoje? 

Ou melhor dizendo: se um consumidor quer comprar usando apenas a voz, como seria esse processo? Por onde ele compraria? 

Existem algumas possibilidades diferentes para trabalhar com o Voice Commerce, indo desde as mais básicas — assistentes de digitação para pessoas com deficiência, por exemplo — até as mais avançadas: dizer para o ChatGPT comprar um produto. 

Só clarificando essa questão das IAs. No Brasil, ainda não é possível fazer uma compra diretamente pela IA, mas nos E.U.A. sim. 

Todo o catálogo da Etsy e dos vendedores da plataforma pode ser adquirido diretamente pelo ChatGPT. Temos até um texto sobre isso: 

➡️ ChatGPT Commerce? Conheça o Instant Checkout

Aqui, vamos fazer uma listagem das ferramentas mais usadas para o Voice Commerce hoje, mas já adiantamos: as IAs, por unir compras com assistentes de voz, saem na frente. 

Assistentes de voz nativos (Alexa, Google/Gemini, Siri)

Fluxo típico: o usuário fala o pedido (“recomprar cápsulas de café”, “adicionar pilhas ao carrinho”) e o assistente encaminha para parceiros integrados. 

Nos EUA, a Alexa tem “Voice Shopping” com compra direta. No Brasil, os dispositivos Alexa são amplamente vendidos e usados, mas a experiência de compra por voz depende de integrações locais do varejista.

No ecossistema Google, o Google Assistente está presente em celulares no Brasil, mas a experiência de compras não é seu carro forte. 

Globalmente, o Google migra para o Gemini for Home (substituindo o Assistente) com capacidades conversacionais mais avançadas. Esse é provavelmente o caminho do Google para o Voice Commerce. 

No iOS, a Siri realiza ações de compra dentro do ecossistema Apple (ex.: Apple Store), ilustrando o modelo “assistente nativo + varejista integrado”. A cobertura de lojas, porém, ainda é bastante limitada. 

Quando usar: 

  • Recompras e itens padronizados;
  • Listas/lembranças (“adicionar ao carrinho”, “repor tal item”);
  • Acesso rápido sem navegação visual.

Observação Brasil:

Assistentes estão difundidos, mas o checkout por voz varia por parceiro/vertical. A maturidade é maior em mercados como EUA.

Apps com comando de voz integrado (Amazon, iFood e cia.)

Muitos apps permitem busca/comandos por voz dentro do próprio app. O Amazon Shopping tem voice search oficialmente documentado (microfone no app para buscar e navegar).

No iFood, há suporte a invocações por voz via Google no Android (“Ok Google, pesquisar [item] no iFood”), acelerando a etapa de descoberta.

Quando usar:

  • Para pular digitação e chegar mais rápido ao produto;
  • Em jornadas que continuam dentro do app (com pagamento nativo).

Observação Brasil:

É um caminho prático e já disponível hoje: voz para buscar → app conclui a compra.

Chatbots e assistentes de IA com voz (WhatsApp, sites e canais próprios)

Empresas vêm acoplando reconhecimento de fala + NLU (compreensão de linguagem natural) aos seus bots para vender via conversa. 

Plataformas como Blip e Sinch suportam automação conversacional e casos de voz; a Blip, por exemplo, lançou recurso de transcrição de áudios do WhatsApp (facilita entender pedidos ditados).

No stack de IA, a OpenAI disponibiliza a Realtime API (voz-em-voz, baixa latência), usada para criar agentes conversacionais falados.

Caso brasileiro: o iFood testou um assistente de voz com tecnologia da OpenAI para clientes/entregadores — um passo claro rumo a jornadas de compra guiadas por voz dentro do app.

Quando usar

  • Atendimento e vendas em canais já populares (WhatsApp, web/app);
  • Catálogo guiado por conversa, com pagamento no próprio canal.

Integração com dispositivos IoT (casa e carro)

Dispositivos de casa conectada (geladeiras Samsung Family Hub com Bixby/SmartThings, TVs e smart speakers) aceitam comandos por voz, criando “atalhos” para listas de compras, lembretes e reabastecimentos.

No carro, assistentes veiculares como o MBUX da Mercedes permitem comandos de voz (navegação, chamadas, etc.); em mercados selecionados, começam a surgir integrações com serviços. 

No Brasil, o uso é mais voltado a comandos do veículo/infotainment, com opções de assistentes como Alexa via acessórios (Echo Auto e similares) dependendo de disponibilidade/comércio local.

Quando usar

  • Reposição de itens do lar a partir da cozinha/sala;
  • Rotinas (“lembrar de comprar detergente”, “adicionar leite à lista”).

IAs generativas com checkout integrado (ex.: ChatGPT Instant Checkout)

O estágio mais avançado: compra direta dentro da IA. A OpenAI lançou o Instant Checkout no ChatGPT, com compras de vendedores da Etsy e expansão anunciada para mais de 1 milhão de lojistas Shopify — inicialmente disponível para usuários nos EUA, com planos de ampliar regiões.

A novidade vem sendo discutida na imprensa como o início do “agentic commerce”, com resultados iniciais e expectativas moderadas pelos analistas; ainda assim, é o melhor exemplo público de checkout por voz/IA fim-a-fim.

Quando usar

  • Descoberta + seleção + pagamento dentro da mesma conversa;
  • Provas de conceito e benchmarking — no Brasil, acompanhar para futura disponibilidade.

Quero vender por voz hoje — é possível? 

Existem caminhos sendo construídos que vão em direção ao Voice Commerce, mas e quem quer vender hoje? É possível? 

A resposta vai te desanimar um pouco. O Voice Commerce no padrão que estamos imaginando, uma situação quase Os Jetsons, ainda não é muito viável no Brasil. 

É importante falar sobre isso porque grande parte do conteúdo na internet hoje fala sobre o Voice Commerce como se ele fosse uma grande realidade, que já está acontecendo e você, empreendedor, não está nem percebendo. 

Mas não é por aí. A maior viabilidade hoje do Voice Commerce é a interpretação de áudios e atendimento via chatbots no WhatsApp. 

Existe um outro meio quase viável, mas que ainda não está muito maduro por aqui, que é usando os assistentes — especialmente a Alexa, que já é conectada à Amazon. 

Vamos discutir os três meios mais populares no mundo hoje de trabalhar com o Voice Commerce, e discutir a viabilidade de cada um para empreendedores que querem começar a configuração agora. 

Acompanhe: 

1. Usar o WhatsApp com comando de voz + chatbot

É o ponto mais acessível e funcional no Brasil hoje.

Você cria um chatbot que entende áudios (voz-para-texto) e responde automaticamente com ofertas, catálogos e links de pagamento.

Como fazer:

  • Crie um bot no Take Blip, Zenvia ou Sinch, com integração de speech-to-text (Google Speech API, OpenAI Whisper, etc.);
  • Configurar respostas automáticas para intenções como “quero comprar”, “preciso de” ou “quanto custa”;
  • Integrar com seu e-commerce (VTEX, Nuvemshop, Shopify, WooCommerce) ou com links diretos de pagamento (Pix, Mercado Pago, etc.).

Vantagem: acessível a qualquer usuário — o brasileiro já usa o WhatsApp por voz.

Exemplo real: várias marcas de delivery e bancos já fazem isso — o bot recebe áudio, transcreve, identifica a intenção e envia o link de compra.

Limitação: o maior problema é que a compra, na maioria dos casos, não vai ser finalizada por voz. O bot pode enviar o link, mas o fluxo completo ainda tem muitos gargalos. É preciso estudar a fundo a escalabilidade da solução e aguardar novas features. 

Possibilidade de uso: viável hoje

O WhatsApp é dominante e amplamente usado com mensagens de áudio.

Mesmo que o usuário não dite diretamente o pedido (ex.: “quero comprar uma blusa vermelha”), é possível:

  • Converter o áudio em texto (via Whisper, Google Speech-to-Text ou AWS Transcribe);
  • Interpretar o texto (via NLU, como Dialogflow ou GPT-5);
  • Responder com links diretos de compra ou Pix.

Isso é 100 % viável no Brasil hoje, com empresas de todos os portes.

Inclusive o próprio WhatsApp Business API já é o canal mais usado para conversational commerce.

A questão maior é a integração do e-commerce ou marketplace escolhido. A maioria no Brasil ainda não oferece suporte. 

Mas para sites próprios, é possível (porém trabalhoso) fazer essa configuração que mostramos aqui. Essa funcionalidade também é ótima para serviços, restaurantes etc. 

2. Criar uma skill (Alexa) ou ação (Google Assistant)

É a opção mais “oficial” de Voice Commerce.

Você pode construir uma skill (no ecossistema Amazon) ou uma ação (no Google Assistant) para vender produtos via comandos.

Como fazer

  • No Alexa Developer Console, crie uma skill personalizada que consulta seu catálogo ou API de pedidos;
  • No Google Actions / Dialogflow, crie uma ação que responde a comandos como “quero comprar um presente na [sua marca]”;
  • O sistema conversa com o usuário, mostra opções no celular e direciona para o checkout no seu site.

Vantagem: integração direta com os assistentes de voz mais usados no país.

Limitação: ainda não há suporte completo a pagamentos 100% por voz no Brasil — o fechamento acontece via link visual.

Possibilidade de uso: inviável no Brasil 

Tecnicamente é possível, mas na prática o ecossistema é fechado e com baixo suporte local.

  • A Amazon não permite ainda Voice Shopping no Brasil — o comando “Alexa, comprar…” só funciona nos EUA, Reino Unido e Alemanha.
  • As skills comerciais exigem registro e certificação da Amazon, e não há suporte oficial para pagamentos em reais via voz.
  • O Google Assistant / Actions on Google foi descontinuado em 2023; o novo Gemini / App Actions ainda não reintroduziu rotinas de compra direta.

Ou seja: dá pra criar uma interação por voz, mas não um checkout nem uma compra real.

Usa-se mais como catálogo falado (ex.: “fale com a [marca]”) do que como loja.

3. Usar IA conversacional com voz integrada (ChatGPT, Realtime API ou Twilio)

É o caminho mais avançado — e o que mais se aproxima do que será o Voice Commerce “pleno”.

Você pode criar um agente de vendas por voz que conversa com o cliente em tempo real, mostra produtos e envia o link para concluir a compra.

Como fazer

  • Criar uma conta na OpenAI API e usar a Realtime API para receber e enviar áudio;
  • Conectar essa IA ao seu banco de produtos ou loja (via API de e-commerce);
  • Quando o cliente disser “quero comprar um tênis”, o sistema responde por voz e envia o link de checkout.

Possibilidade de uso: inviável no Brasil 

A funcionalidade Instant Checkout da OpenAI (integração com Etsy e Shopify) está disponível somente nos EUA, por enquanto.

  • Requer contas empresariais americanas e Stripe habilitado para OpenAI Payments.
  • Não há previsão pública de liberação para o Brasil.
  • Mesmo que houvesse, não há infraestrutura fiscal ou cambial para processar pagamentos por voz em reais via ChatGPT.

Em resumo: é um protótipo de “Agentic Commerce”, ainda sem aplicação prática no país.

De qualquer forma, com IA ou sem IA, com Voice Commerce ou navegação padrão, todos os esforços para o sucesso dos e-commerces que funcionaram até agora vão continuar funcionando. 

E é por isso que você deve continuar investindo em estratégias que dão resultado agora, e ao mesmo tempo ficar de olho no futuro. 

A Adtail recentemente bateu seu próprio recorde: a criação de um e-commerce VTEX em apenas 15 dias, junto à Max Love. Conheça o case para entender que estratégias nós usamos! 

Obrigado pela leitura e nos vemos no próximo texto. 

Escrito por:
André Bonanomi
CRO

Até alguns anos atrás, falar sobre Voice Commerce era quase inútil no Brasil: os consumidores não pareciam muito interessados na tecnologia, não havia muito suporte em sites e dispositivos, e era até difícil saber por onde começar. 

E enquanto isso, as estatísticas foram aumentando no mundo. Os E.U.A., logo depois da pandemia, chegou a movimentar alguns bilhões no e-commerce com compras feitas por voz. 

Mas os avanços no Voice Commerce estão acontecendo por motivos quase tangenciais. Conforme as IAs vão se transformando em agentes, e conforme as pessoas vão dependendo cada vez mais delas o Voice Commerce ganha outra dimensão. 

E essa outra dimensão pode “puxar” o e-commerce inteiro. Será que, de tanto comprar por voz nas IAs, os consumidores já vão esperar o Voice Commerce instalado por padrão nos sites? 

E para quem quer começar na frente, o que é possível configurar hoje? 

É isso o que vamos ver no texto de hoje. Tudo pronto para começar? 

Resumo: 
  • Na primeira parte do texto, vamos conversar sobre estatísticas sobre o Voice Commerce, buscando entender se as pessoas realmente usam o recurso para comprar; 

Estatísticas sobre o Voice Commerce nos últimos anos — as pessoas usam?

Para entender o uso do Voice Commerce no Brasil, primeiro precisamos entender outra estatística: o uso de assistentes de voz no geral. 

Quem usa o WhatsApp sabe: brasileiros adoram se comunicar por áudio. Aliás, uma pesquisa recente da Opinion Box (Jul/25) mostrou que 80% dos usuários da plataforma no Brasil preferem enviar áudios. 

Mas nem precisamos extrapolar esse dado para entender a preferência dos brasileiros. Em um estudo da Ilumeo, conduzido em 2025, foi constatado que: 

  • Entre 2020 e 2025, o número de brasileiros usando assistentes de voz saltou de 18% para 39%. Ou seja: mais que o dobro;
  • O número de brasileiros que usa assistentes de voz todos os dias chegou a 40% em 2025 — quase metade dos entrevistados;
  • 70% dos entrevistados diz usar assistentes de voz com mais frequência do que antes; 
Fonte: Ilumeo

Esses números ajudam a entender o terreno onde o Voice Commerce começa a crescer. Afinal, é dentro dos mesmos ecossistemas de voz — Alexa, Google Assistant, Siri — que as compras por voz acontecem.

Temos um dado global sobre a popularidade do voice commerce, e como ela vem crescendo. Esse vem de uma pesquisa da voicebot.ai, divulgada pelo Kinsta. Acompanhe: 

Segundo as fontes, 31% dos usuários chegaram a adicionar um produto no carrinho usando apenas a voz, e 44% chegaram a fazer pelo menos uma compra no ano analisado — 22% fizeram uma compra recorrente, e 22% fizeram uma compra de um produto novo. 

Então entendemos: o contexto do Voice Commerce está bastante atrelado aos assistentes de voz. Mas que assistentes são esses? 

Vamos conversar melhor sobre esse ponto logo abaixo. Acompanhe: 

Quais são as formas de usar o Voice Commerce hoje? 

Ou melhor dizendo: se um consumidor quer comprar usando apenas a voz, como seria esse processo? Por onde ele compraria? 

Existem algumas possibilidades diferentes para trabalhar com o Voice Commerce, indo desde as mais básicas — assistentes de digitação para pessoas com deficiência, por exemplo — até as mais avançadas: dizer para o ChatGPT comprar um produto. 

Só clarificando essa questão das IAs. No Brasil, ainda não é possível fazer uma compra diretamente pela IA, mas nos E.U.A. sim. 

Todo o catálogo da Etsy e dos vendedores da plataforma pode ser adquirido diretamente pelo ChatGPT. Temos até um texto sobre isso: 

➡️ ChatGPT Commerce? Conheça o Instant Checkout

Aqui, vamos fazer uma listagem das ferramentas mais usadas para o Voice Commerce hoje, mas já adiantamos: as IAs, por unir compras com assistentes de voz, saem na frente. 

Assistentes de voz nativos (Alexa, Google/Gemini, Siri)

Fluxo típico: o usuário fala o pedido (“recomprar cápsulas de café”, “adicionar pilhas ao carrinho”) e o assistente encaminha para parceiros integrados. 

Nos EUA, a Alexa tem “Voice Shopping” com compra direta. No Brasil, os dispositivos Alexa são amplamente vendidos e usados, mas a experiência de compra por voz depende de integrações locais do varejista.

No ecossistema Google, o Google Assistente está presente em celulares no Brasil, mas a experiência de compras não é seu carro forte. 

Globalmente, o Google migra para o Gemini for Home (substituindo o Assistente) com capacidades conversacionais mais avançadas. Esse é provavelmente o caminho do Google para o Voice Commerce. 

No iOS, a Siri realiza ações de compra dentro do ecossistema Apple (ex.: Apple Store), ilustrando o modelo “assistente nativo + varejista integrado”. A cobertura de lojas, porém, ainda é bastante limitada. 

Quando usar: 

  • Recompras e itens padronizados;
  • Listas/lembranças (“adicionar ao carrinho”, “repor tal item”);
  • Acesso rápido sem navegação visual.

Observação Brasil:

Assistentes estão difundidos, mas o checkout por voz varia por parceiro/vertical. A maturidade é maior em mercados como EUA.

Apps com comando de voz integrado (Amazon, iFood e cia.)

Muitos apps permitem busca/comandos por voz dentro do próprio app. O Amazon Shopping tem voice search oficialmente documentado (microfone no app para buscar e navegar).

No iFood, há suporte a invocações por voz via Google no Android (“Ok Google, pesquisar [item] no iFood”), acelerando a etapa de descoberta.

Quando usar:

  • Para pular digitação e chegar mais rápido ao produto;
  • Em jornadas que continuam dentro do app (com pagamento nativo).

Observação Brasil:

É um caminho prático e já disponível hoje: voz para buscar → app conclui a compra.

Chatbots e assistentes de IA com voz (WhatsApp, sites e canais próprios)

Empresas vêm acoplando reconhecimento de fala + NLU (compreensão de linguagem natural) aos seus bots para vender via conversa. 

Plataformas como Blip e Sinch suportam automação conversacional e casos de voz; a Blip, por exemplo, lançou recurso de transcrição de áudios do WhatsApp (facilita entender pedidos ditados).

No stack de IA, a OpenAI disponibiliza a Realtime API (voz-em-voz, baixa latência), usada para criar agentes conversacionais falados.

Caso brasileiro: o iFood testou um assistente de voz com tecnologia da OpenAI para clientes/entregadores — um passo claro rumo a jornadas de compra guiadas por voz dentro do app.

Quando usar

  • Atendimento e vendas em canais já populares (WhatsApp, web/app);
  • Catálogo guiado por conversa, com pagamento no próprio canal.

Integração com dispositivos IoT (casa e carro)

Dispositivos de casa conectada (geladeiras Samsung Family Hub com Bixby/SmartThings, TVs e smart speakers) aceitam comandos por voz, criando “atalhos” para listas de compras, lembretes e reabastecimentos.

No carro, assistentes veiculares como o MBUX da Mercedes permitem comandos de voz (navegação, chamadas, etc.); em mercados selecionados, começam a surgir integrações com serviços. 

No Brasil, o uso é mais voltado a comandos do veículo/infotainment, com opções de assistentes como Alexa via acessórios (Echo Auto e similares) dependendo de disponibilidade/comércio local.

Quando usar

  • Reposição de itens do lar a partir da cozinha/sala;
  • Rotinas (“lembrar de comprar detergente”, “adicionar leite à lista”).

IAs generativas com checkout integrado (ex.: ChatGPT Instant Checkout)

O estágio mais avançado: compra direta dentro da IA. A OpenAI lançou o Instant Checkout no ChatGPT, com compras de vendedores da Etsy e expansão anunciada para mais de 1 milhão de lojistas Shopify — inicialmente disponível para usuários nos EUA, com planos de ampliar regiões.

A novidade vem sendo discutida na imprensa como o início do “agentic commerce”, com resultados iniciais e expectativas moderadas pelos analistas; ainda assim, é o melhor exemplo público de checkout por voz/IA fim-a-fim.

Quando usar

  • Descoberta + seleção + pagamento dentro da mesma conversa;
  • Provas de conceito e benchmarking — no Brasil, acompanhar para futura disponibilidade.

Quero vender por voz hoje — é possível? 

Existem caminhos sendo construídos que vão em direção ao Voice Commerce, mas e quem quer vender hoje? É possível? 

A resposta vai te desanimar um pouco. O Voice Commerce no padrão que estamos imaginando, uma situação quase Os Jetsons, ainda não é muito viável no Brasil. 

É importante falar sobre isso porque grande parte do conteúdo na internet hoje fala sobre o Voice Commerce como se ele fosse uma grande realidade, que já está acontecendo e você, empreendedor, não está nem percebendo. 

Mas não é por aí. A maior viabilidade hoje do Voice Commerce é a interpretação de áudios e atendimento via chatbots no WhatsApp. 

Existe um outro meio quase viável, mas que ainda não está muito maduro por aqui, que é usando os assistentes — especialmente a Alexa, que já é conectada à Amazon. 

Vamos discutir os três meios mais populares no mundo hoje de trabalhar com o Voice Commerce, e discutir a viabilidade de cada um para empreendedores que querem começar a configuração agora. 

Acompanhe: 

1. Usar o WhatsApp com comando de voz + chatbot

É o ponto mais acessível e funcional no Brasil hoje.

Você cria um chatbot que entende áudios (voz-para-texto) e responde automaticamente com ofertas, catálogos e links de pagamento.

Como fazer:

  • Crie um bot no Take Blip, Zenvia ou Sinch, com integração de speech-to-text (Google Speech API, OpenAI Whisper, etc.);
  • Configurar respostas automáticas para intenções como “quero comprar”, “preciso de” ou “quanto custa”;
  • Integrar com seu e-commerce (VTEX, Nuvemshop, Shopify, WooCommerce) ou com links diretos de pagamento (Pix, Mercado Pago, etc.).

Vantagem: acessível a qualquer usuário — o brasileiro já usa o WhatsApp por voz.

Exemplo real: várias marcas de delivery e bancos já fazem isso — o bot recebe áudio, transcreve, identifica a intenção e envia o link de compra.

Limitação: o maior problema é que a compra, na maioria dos casos, não vai ser finalizada por voz. O bot pode enviar o link, mas o fluxo completo ainda tem muitos gargalos. É preciso estudar a fundo a escalabilidade da solução e aguardar novas features. 

Possibilidade de uso: viável hoje

O WhatsApp é dominante e amplamente usado com mensagens de áudio.

Mesmo que o usuário não dite diretamente o pedido (ex.: “quero comprar uma blusa vermelha”), é possível:

  • Converter o áudio em texto (via Whisper, Google Speech-to-Text ou AWS Transcribe);
  • Interpretar o texto (via NLU, como Dialogflow ou GPT-5);
  • Responder com links diretos de compra ou Pix.

Isso é 100 % viável no Brasil hoje, com empresas de todos os portes.

Inclusive o próprio WhatsApp Business API já é o canal mais usado para conversational commerce.

A questão maior é a integração do e-commerce ou marketplace escolhido. A maioria no Brasil ainda não oferece suporte. 

Mas para sites próprios, é possível (porém trabalhoso) fazer essa configuração que mostramos aqui. Essa funcionalidade também é ótima para serviços, restaurantes etc. 

2. Criar uma skill (Alexa) ou ação (Google Assistant)

É a opção mais “oficial” de Voice Commerce.

Você pode construir uma skill (no ecossistema Amazon) ou uma ação (no Google Assistant) para vender produtos via comandos.

Como fazer

  • No Alexa Developer Console, crie uma skill personalizada que consulta seu catálogo ou API de pedidos;
  • No Google Actions / Dialogflow, crie uma ação que responde a comandos como “quero comprar um presente na [sua marca]”;
  • O sistema conversa com o usuário, mostra opções no celular e direciona para o checkout no seu site.

Vantagem: integração direta com os assistentes de voz mais usados no país.

Limitação: ainda não há suporte completo a pagamentos 100% por voz no Brasil — o fechamento acontece via link visual.

Possibilidade de uso: inviável no Brasil 

Tecnicamente é possível, mas na prática o ecossistema é fechado e com baixo suporte local.

  • A Amazon não permite ainda Voice Shopping no Brasil — o comando “Alexa, comprar…” só funciona nos EUA, Reino Unido e Alemanha.
  • As skills comerciais exigem registro e certificação da Amazon, e não há suporte oficial para pagamentos em reais via voz.
  • O Google Assistant / Actions on Google foi descontinuado em 2023; o novo Gemini / App Actions ainda não reintroduziu rotinas de compra direta.

Ou seja: dá pra criar uma interação por voz, mas não um checkout nem uma compra real.

Usa-se mais como catálogo falado (ex.: “fale com a [marca]”) do que como loja.

3. Usar IA conversacional com voz integrada (ChatGPT, Realtime API ou Twilio)

É o caminho mais avançado — e o que mais se aproxima do que será o Voice Commerce “pleno”.

Você pode criar um agente de vendas por voz que conversa com o cliente em tempo real, mostra produtos e envia o link para concluir a compra.

Como fazer

  • Criar uma conta na OpenAI API e usar a Realtime API para receber e enviar áudio;
  • Conectar essa IA ao seu banco de produtos ou loja (via API de e-commerce);
  • Quando o cliente disser “quero comprar um tênis”, o sistema responde por voz e envia o link de checkout.

Possibilidade de uso: inviável no Brasil 

A funcionalidade Instant Checkout da OpenAI (integração com Etsy e Shopify) está disponível somente nos EUA, por enquanto.

  • Requer contas empresariais americanas e Stripe habilitado para OpenAI Payments.
  • Não há previsão pública de liberação para o Brasil.
  • Mesmo que houvesse, não há infraestrutura fiscal ou cambial para processar pagamentos por voz em reais via ChatGPT.

Em resumo: é um protótipo de “Agentic Commerce”, ainda sem aplicação prática no país.

De qualquer forma, com IA ou sem IA, com Voice Commerce ou navegação padrão, todos os esforços para o sucesso dos e-commerces que funcionaram até agora vão continuar funcionando. 

E é por isso que você deve continuar investindo em estratégias que dão resultado agora, e ao mesmo tempo ficar de olho no futuro. 

A Adtail recentemente bateu seu próprio recorde: a criação de um e-commerce VTEX em apenas 15 dias, junto à Max Love. Conheça o case para entender que estratégias nós usamos! 

Obrigado pela leitura e nos vemos no próximo texto. 

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