
Quando o assunto é marketing de influência, a reputação vale milhões.
Hoje, basta abrir o Instagram, o TikTok ou o YouTube para perceber que, no mercado, credibilidade virou moeda forte.
Não estamos falando apenas de curtidas ou seguidores, mas de algo muito maior: negócios inteiros construídos (ou destruídos) sobre a confiança que uma pessoa inspira.
O Brasil é a prova viva dessa revolução.
Segundo a Influency.me, já são mais de 2 milhões de influenciadores digitais no país, um salto impressionante de 67% em relação a março de 2024, quando eram 1,2 milhão. (1)
Nesse novo cenário, nomes e rostos viraram ativos estratégicos.
Celebridades e creators estão transformando a própria imagem em marcas valiosíssimas, e, muitas vezes, impulsionando empresas a patamares milionários.
Basta pensar em nomes como Rihanna, cuja Fenty Beauty redefiniu padrões de diversidade na indústria da beleza.
No Brasil, temos o exemplo de Virgínia Fonseca, que ficou famosa nas redes sociais e afirma já ter faturado mais de R$ 750 milhões com sua marca WePink. (2)

Tudo isso deixa claro que o personal branding deixou de ser apenas uma preocupação estética ou de ego.
A influência virou diferencial competitivo, capaz de abrir portas, conquistar mercados e criar valor para produtos que carregam a assinatura de quem está por trás.
Vem com a Adtail para saber mais.
Personalidade como marca: o fenômeno da influência no branding
No jogo do marketing moderno, quem tem carisma, tem poder.
Se antes o rosto do fundador aparecia apenas em discursos institucionais ou fotos emolduradas na sede da empresa, hoje ele pode ser, literalmente, o ativo mais valioso da marca.
Personalidade virou marca, nome virou selo de confiança.
E a reputação pessoal se transformou numa poderosa engrenagem para impulsionar negócios que, sozinhos, talvez jamais chegassem tão longe.
Estamos na era em que a imagem de uma figura pública não só representa valores, como também vende produtos, influencia decisões de compra e, muitas vezes, atrai investidores.
De Rihanna a Kim Kardashian, passando por Anitta e Boca Rosa… São vários os famosos que transformam os seus perfis em verdadeiros impérios.
A lógica é a mesma: quando o público confia na pessoa, confia no que ela vende.
Mas esse jogo é cada vez mais estratégico.
Para o pesquisador Manuel Albuquerque:
“Com a generalização do aumento dos orçamentos de marketing de influencers, as equipes de marketing têm maior responsabilidade para medir com precisão o ROI dos influencers e centralizar o relacionamento com eles em todos os departamentos”. (3)
Ou seja, não basta mais ter muitos seguidores ou gerar buzz.
O mercado começa a exigir métricas concretas, como custo por mil impressões (CPM), custo por interação (CPE) ou custo por aquisição (CPA).
E surge, cada vez mais, o modelo híbrido: personalidades não apenas colaboram criando conteúdo, mas também assumem metas de performance, como vendas ou leads.
Essa mudança, acelerada pela pandemia, reforça uma verdade incontestável: a reputação pessoal pode alavancar marcas, ou afundá-las.
E, para profissionais de marketing e empreendedores, entender como transformar carisma em KPI pode ser a diferença entre investir bem ou desperdiçar milhões.
Afinal, hoje, quem influencia não só brilha na timeline: cria negócios milionários.
Exemplos de negócios milionários construídos com base em reputações pessoais

Se existe uma vitrine perfeita para mostrar o poder do personal branding, são as histórias de quem transformou carisma, talento e reputação em negócios milionários (às vezes, bilionários).
Esses empreendedores-persona não vendem apenas produtos; vendem estilo de vida, valores e narrativas que conectam o público de forma emocional.
Confira alguns exemplos, nacionais e internacionais, que mostram como transformar reputação, carisma e narrativa em negócios milionários:
Rihanna e Fenty Beauty
A cantora Rihanna não fez milhões de fãs quererem se sentir “like they’re the only girl in the world” e revolucionou a indústria da beleza com a Fenty Beauty.
A marca, célebre pela diversidade de tons de pele, faturou mais de US$ 100 milhões nos primeiros 40 dias.
A credibilidade e a bandeira da inclusão que Rihanna carrega se tornaram o maior diferencial competitivo do negócio.
Sem dúvida, a Fenty Beauty é um dos maiores cases de sucesso quando se fala em marcas de celebridades.
Kim Kardashian e SKKN
A socialite Kim Kardashian é um fenômeno de personal branding.
Com a SKKN, sua marca de skincare, ela transforma seu lifestyle e seu domínio sobre tendências estéticas em desejo de consumo.
Tudo na marca, do design dos frascos à estratégia de lançamento, é extensão da narrativa pessoal de Kim, consolidando um negócio milionário.
Anitta e suas colaborações e marcas licenciadas
PRE-PA-RA!
No Brasil, Anitta faz um verdadeiro Show das Poderosas quando o assunto é transformar influência em negócios.
A Girl from Rio não se contenta em brilhar apenas nos palcos: ela faz de cada movimento estratégico uma oportunidade para consolidar a sua marca pessoal, e também para impulsionar marcas parceiras.
De bebidas energéticas a linhas de moda, cada colaboração carrega a sua imagem ousada, global e autêntica, gerando valor tanto para ela quanto para as empresas que a escolhem como rosto.
Prova disso foi sua troca polêmica de parceiros no mercado financeiro.
Depois de ser garota-propaganda do Nubank, Anitta migrou para o Mercado Pago, protagonizando campanhas em que brincou com a cor roxa do antigo banco e lançou o convite: “Vai ficar aí roxo de vontade? Vem com a patroa.”
Essa virada mostrou como a sua influência pode literalmente levar público e valor de marca de um negócio para outro.
Sendo uma das celebridades brasileiras mais reconhecidas, Anitta também tem um papel fundamental em levar a brasilidade para o mundo, reforçando a cultura e o estilo de vida do Brasil em cenários globais.
Bianca Andrade, a Boca Rosa
De youtuber a empresária de sucesso, Bianca Andrade transformou autenticidade em ativos concretos.
Com Boca Rosa Beauty e Boca Rosa Hair, construiu um negócio milionário apoiado em sua história pessoal de superação e proximidade com o público.
A sua participação no BBB foi um divisor de águas: ao entrar no reality, Bianca ampliou a sua exposição nacional e impulsionou significativamente as vendas de seus produtos.
Durante o programa, a procura pelos itens da Boca Rosa Beauty disparou, provando como a sua imagem pessoal e seu carisma conseguem se converter rapidamente em resultados comerciais.
Hoje, Bianca é exemplo de como a reputação digital, somada a estratégias certeiras, pode escalar uma marca para outro patamar.
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Marcos Mion: co-criando marcas com autenticidade
Marcos Mion, com sua imagem de homem família e transparente, se consolidou como parceiro estratégico para marcas que buscam conexão genuína com o consumidor.
Desde os tempos em que despontou na MTV, nos anos 2000, ele já era visto como uma figura influente para o público jovem da época, mesmo que, naquele tempo, o conceito de “influencer” ainda nem existisse da forma como conhecemos hoje.
O curioso é que esse público cresceu e amadureceu junto com ele.
Hoje, Mion é pai de família, mas mantém o mesmo carisma e autenticidade que o tornaram popular.
Essa trajetória permite que ele represente marcas gigantes como TIM, Mercado Livre e Itaú, conseguindo falar tanto com quem o acompanhava lá atrás quanto com novas audiências.
A sua credibilidade multiplica o valor das campanhas em que se envolve, mostrando que influência verdadeira resiste ao tempo, e evolui junto com o mercado.
Mas não são apenas pessoas reais que protagonizam esse fenômeno.
As marcas também têm criado seus próprios “influencers digitais”, e com enorme sucesso:
Lu, do Magalu
Criada pelo Magazine Luiza, a Lu se tornou uma das influenciadoras digitais mais reconhecidas do Brasil, com milhões de seguidores.
Mais do que personagem, ela é o “rosto” da marca, transmitindo informações, engajando o público e gerando identificação emocional, uma estratégia que fortalece tanto o branding quanto as vendas.
Duo, do Duolingo
O simpático mascote verde do Duolingo não só ensina idiomas como protagoniza memes, trends e interações hilárias nas redes sociais.
O Duo virou praticamente uma celebridade, capaz de gerar engajamento massivo e fidelizar usuários, mostrando como até personagens fictícios podem se tornar ativos de marketing altamente valiosos.
Em todos esses casos, a fórmula é clara: seja humano ou virtual, quem constrói conexão emocional e credibilidade com o público transforma reputação em receita.
Riscos e desafios dessa estratégia de branding personalizado

Se transformar uma pessoa em marca é uma estratégia poderosa, também é uma faca de dois gumes.
Quando todo o valor de um negócio está atrelado à imagem de uma única figura pública, qualquer turbulência pessoal ou crise de reputação pode se tornar uma bomba-relógio para a empresa.
Veja algumas das principais preocupações ao se trabalhar com marketing de influência:
Cancelamentos e crises de reputação
Um dos maiores riscos do branding personalizado é o temido “cancelamento”.
Casos recentes como os de Virginia Fonseca e Deolane Bezerra ilustram bem essa vulnerabilidade.
Ambas tiveram a reputação arranhada ao serem citadas na CPI das Bets, que investiga influenciadores digitais envolvidos na promoção de sites de apostas.
Ainda que nem todas as acusações avancem, a simples exposição negativa já gera desconfiança no público e pode impactar diretamente as marcas associadas a esses nomes.
Afinal, a opinião pública é rápida para julgar e lenta para esquecer.
Dificuldade de escalabilidade sem o “rosto” por trás
Muitas marcas construídas sobre o carisma de uma pessoa acabam dependendo tanto desse “rosto” que se tornam difíceis de expandir ou até de vender no futuro.
Se o influenciador decide mudar de rumo, dar um tempo da exposição ou até se aposentar, toda a estrutura do negócio pode ficar vulnerável.
Sem contar o custo de manter o personagem público sempre ativo, relevante e engajado.
Falta de diferenciação real no produto
Por fim, existe o risco de criar negócios cujo único diferencial é o nome por trás da marca.
Produtos que não entregam qualidade ou inovação acabam se tornando insustentáveis a longo prazo, mesmo que tenham um lançamento explosivo por conta da figura pública envolvida.
O público pode comprar pela curiosidade ou pela admiração inicial, mas não permanece fiel se não houver valor real no que está sendo oferecido.
Em suma, personal branding pode, sim, gerar negócios milionários, mas também exige planejamento rigoroso, gestão de riscos e, acima de tudo, produtos ou serviços capazes de sobreviver para além do brilho de quem os representa.
O que marcas tradicionais podem aprender com isso?

Nem toda marca vai ter uma celebridade global como rosto, e está tudo bem!
O segredo do sucesso do branding personalizado não está apenas no “fator fama”, mas na forma como as marcas constroem conexão genuína, confiança e narrativas que fazem sentido para o público.
Os negócios tradicionais podem (e devem) extrair lições valiosas desse movimento.
Veja algumas estratégias simples:
Humanizar a comunicação da marca
Pessoas se conectam com pessoas.
Mesmo sem um grande nome por trás, marcas tradicionais podem humanizar a comunicação, mostrando histórias reais, bastidores, colaboradores e clientes satisfeitos.
Um tom mais próximo e autêntico aproxima o público e cria vínculos emocionais que vão muito além do produto.
Trabalhar com creators com valores alinhados
Não é necessário contratar uma figura famosa globalmente para ter influência.
As marcas podem se unir a criadores de conteúdo menores, mas altamente engajados, cujos valores estejam alinhados com os da empresa.
Esse tipo de parceria costuma gerar resultados mais autênticos e custos muito mais acessíveis, além de nichar a mensagem para públicos específicos.
Desenvolver líderes-embaixadores internos
Executivos, fundadores ou funcionários podem se tornar embaixadores poderosos.
Quando alguém de dentro da empresa fala com paixão, conhecimento e autenticidade sobre o negócio, gera confiança e credibilidade.
Os líderes visíveis no LinkedIn, em palestras ou em conteúdos institucionais ajudam a construir uma imagem sólida e próxima.

Construir reputação digital ativa e coerente
A reputação não nasce do dia para a noite, mas também não se sustenta sozinha.
As marcas tradicionais precisam manter presença digital ativa, coerente e transparente.
Isso significa responder dúvidas, admitir falhas quando acontecem, compartilhar conquistas e, sobretudo, manter um discurso alinhado em todos os canais.
No fim das contas, a grande lição do fenômeno do personal branding é clara: conexão, verdade e consistência são os ativos mais valiosos para qualquer marca, famosa ou não.
E quem aprende a trabalhar esses pilares sai na frente na disputa pela atenção (e pelo coração) do consumidor.
Quer usar a influência digital de forma estratégica para escalar sua marca? Fale com a Adtail e construa autoridade com consistência.
Referências:
(1) REDAÇÃO. Brasil já soma 2 milhões de influenciadores, segundo relato. Meio & Mensagem, 18 mar. 2025. Disponível em: <https://www.meioemensagem.com.br/midia/brasil-ja-soma-2-milhoes-de-influenciadores>. Acesso em: 7 jul. 2025.
(2) REDAÇÃO. Virginia Fonseca revela faturamento de R$ 750 milhões da WePink na CPI das Bets. Jovem Pan, 14 mai. 2025. Disponível em: <https://jovempan.com.br/noticias/economia/virginia-fonseca-revela-faturamento-de-r-750-milhoes-da-wepink-na-cpi-das-bets.html>. Acesso em: 7 jul. 2025.
(3) ALBUQUERQUE, Manuel. Marketing de influencia: la fórmula para elegir los influencers más adecuados para tu marca y llevar tu retorno de 100 a 1000. Madrid: LID Editorial, 2023.
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